terça-feira, 23 de dezembro de 2008

SANTO NATAL


Sou cristão católico, convicto e de vivência diária, e disso não faço segredo.
Por isso, nesta quadra tão especial, que só tem sentido porque:

«E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele, tenhamos a vida.» 1 Jo 4,9

venho desejar a todas e todos aqueles que visitam este espaço um Santo Natal, vivido como a manifestação maior do amor de Deus à humanidade, para que a humanidade entenda o amor e o viva como irmãos, todos filhos do mesmo Deus.

Não vos esquecerei nas minhas orações neste Natal.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

CDS - PP?

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Já não tenho muita paciência para a política, mas de qualquer maneira lá fui ler e tentar perceber o que se passava pelo CDS, nestes últimos tempos de eleições internas.

E fui, por que foi o primeiro partido em que votei, não tanto pelo professor que me parece acabará no Bloco de Esquerda, mas por Amaro da Costa e Francisco Lucas Pires, que a par com Francisco Sá Carneiro eram políticos criativos, inventivos, agregadores, gostássemos nós deles ou não.

E a primeira coisa que me saltou à vista foi uma votação no “líder” a lembrar os melhores tempos da URSS, ou o recente congresso do PCP, que não sei se foi tão avassaladora como esta do CDS.

E de repente fez-se luz no meu “pinsamento”!

Há uns tempos que tentava perceber aquela do CDS-PP e finalmente percebi a coisa!

Caramba o homem é paciente, e conseguiu levar a “água ao seu moinho”.

Demorou tempo, teve até alguns revezes pelo meio, mas finalmente o partido acabou por ter a verdadeira dimensão do seu nome:

Centro Democrático Social “do” Paulo Portas!
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domingo, 14 de dezembro de 2008

Não têm vergonha nenhuma!!!

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«Ser deputado não é uma escravatura», diz Almeida Santos
Histórico do Partido Socialista defende que não haja votações à sexta-feira

A polémica da falta dos deputados continua a gerar reacções. Agora é o história do Partido Socialista, Almeida Santos, que defende os faltosos e até sugere que não haja votações à sexta-feira.
«Não se paga aos deputados o suficiente para que sejam todos apenas profissionais, sobretudo quando são profissionais do direito ou fora do direito.
No caso do advogado, se tem um julgamento não pode estar na assembleia e no julgamento ao mesmo tempo», começou por dizer, em declarações à RTP.
«Quanto às justificações para as faltas, é verdade que a sexta-feira é, em si própria uma justificação, porque é véspera de fim-de-semana. Eu compreendo isso. Talvez esteja errado que as votações sejam à sexta-feira.
Não julguemos também que ser deputado é uma escravatura, porque não é, nem pode ser.
É preciso é arranjar horas para a votação que não sejam as horas em que normalmente seja mais difícil e mais penoso estar na Assembleia da República», frisou.
Portugal Diário
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Esta gente não tem mesmo vergonha na cara!
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Como é possivel dizer tanta bacorada, em tão pouco tempo, e ter tanta falta de vergonha para se conseguir produzir tais afirmações.
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Não escrevo mais nada sobre isto porque me causa asco!
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Mas deixo aos leitores que por aqui passarem o espaço dos comentários, para se indignarem, com a promessa de que colocarei sobre esta noticia, neste espaço, os seus comentários.
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Comentários:
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MaF_Ram disse...
... e é este o tipo de gentinha a quem nós delegamos o poder de nos representar!!!Pobres de nós, tão mal parados!
15 de Dezembro de 2008 9:50
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A. João Soares disse...
Mas que se pode esperar deles?Qual foi a carreira que seguiram? Em geral, foram maus estudantes, sem perspectivas de vida, pelo que se encostaram às jotas, onde, à custa de aplausos nos comícios e de loas aos líderes conquistaram direito a melhores avaliações no partido e boas classificações nos estudos dadas por professores do partido. Não esquecer que muitos só se licenciam depois de fazerem uns favores a universidades e mestres (!)Por esse caminho vão a assessores, deputados, autarcas, secretários de Estado, ministros e até...Deles, por isso, não se pode esperar competência nem valores éticos ou morais.São o que são e, em consequência, o País é o que é!!!As agências de emprego especializadas na política (partidos) não olham a competência, mas a nome e família ou amizade de outros elementos do clã.AbraçoJoão
15 de Dezembro de 2008 10:58
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Ferreira-Pinto disse...
Andamos a afinar pelo mesmo diapasão ... pois irei dedicar umas linhas ao assunto, embora em perspectiva diferente, no meu próximo escrito.Deixo aqui apenas uma nota de rodapé, melhor, deixo duas:- Almeida Santos deve estar caduco, a padecer de senilidade acelerada ou a gozar connosco;- aos restantes, e a ele também, digo apenas que é preciso topete para tanto descaramento.
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Tiago R Cardoso disse...
Almeida santos delira com o calor e congela as ideias com este frio, só pode ser.
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Blondewithaphd disse...
Eu acho tudo isto o cúmulo da sem-vergonhice! É qu eo meu desgraçado salário serve para pagar faltistas! Porque é que não fazem a coisa simplisíssima de contratos com exclusividade? Quem quer quer, quem não quer, não entre na política! Já agora, nós os desgraçados dos representados, gostaríamos, de facto, de ser representados!
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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Assim não vamos lá!!!


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Constâncio está entre os banqueiros mais bem pagos

Vale uma remuneração anual de perto de 250 mil euros por ano

Portugal Diário


Compreende-se agora porque é que o homem não tem controlado como deve ser a actividade bancária em Portugal.

Está desmotivado!

Como é possivel que num país rico como o nosso, o Governador do Banco de Portugal não ser o mais bem pago de todos os banqueiros?

Não só fica desmotivado quando se compara aos seus congéneres em todo o mundo, como se sente fragilizado, inferiorizado, em relação aos banqueiros privados, que ganham muito mais do que ele!

Assim não vamos lá!

É preciso uma campanha para repôr o poder de compra do "pobre" Governador do Banco de Portugal, sob pena de sermos olhados como uns "pobretanas"!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Pobre Democracia!

Neste fim de semana, o PCP, realizou o seu “não sei quantos” Congresso, que mais uma vez, unanimemente, votou naqueles que lhe eram apresentados.
Discussão não houve, ao que se sabe, que isto é gente que sabe tudo e detém a unanimidade do saber.

Basta ver as noticias para nos apercebermos disso mesmo!


Comité Central do PCP eleito em reunião à porta fechada
Publico
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O Comité Central do PCP foi hoje eleito, no XVIII Congresso Nacional, em Lisboa, com 98 por cento dos votos, oito votos contra e 17 abstenções.
Pela segunda vez, a eleição foi feita por voto secreto, através de sistema electrónico, "por imposição de uma lei dos partidos anti-democrática", que impõe o voto secreto.
Lusa

É curioso reparar que os comunistas consideram prática anti-democrática o voto secreto, o que se compreende, pois não podem aferir os anti-democratas que votam contra as suas propostas.
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Sempre me fez confusão esta coisa de em Portugal serem proibidos partidos nazis ou fachistas, (e muito bem, digo eu), mas não serem proibidos partidos comunistas.
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Ora vejamos:
Aqueles partidos são proibidos, porque advogam ditaduras, porque são reminiscências de ditaduras ferozes como a nazi na Alemanha e a fachista na Itália.
Mas que raio, os partidos comunistas não são também filhos dilectos do partido comunista da União Soviética, que embora ainda se esteja a fazer a história já sabemos que ultrapassou largamente em “ferocidade” as outras duas ditaduras?
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Há, deve ser porque os nazis e os fachistas eram racistas e xenófobos!
Aí sim, há uma diferença grande, porque os comunistas mataram, prenderam e expulsaram gente de todas as raças e cores!
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Talvez seja porque os comunistas agora reciclaram e são democratas!
Mas alguém deu hipóteses aos nazis e aos fachistas de se tornarem também democratas?
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E já agora, será que o partido comunista já retirou do seu ideário a “ditadura do proletariado”?
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Pois, mas o partido comunista tem razão de existir, porque há cerca de 10%, mais coisa menos coisa, de portugueses que votam nele.
Mas nós nunca podemos saber se haveria portugueses que votassem num partido nazi ou fachista, porque eles estão proibidos!
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Bem, neste momento alguns que lêem isto já me chamaram anti-comunista primário, para além de outros mimos.
E perante o descrito, perante um partido que afirma que Cuba, a Coreia da Norte e a China, por exemplo, são democracias, que defende as FARC e outras coisas como tais, afirmo que sim, que sou anti-comunista primário, exactamente como sou anti-nazi primário e anti-fachista primário!
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Se a Constituição proíbe uns, (e muito bem), por atentarem contra a democracia, também devia proibir os outros cuja prática sempre se revelou exactamente igual!
Ou então expliquem-me lá esta coisa toda, porque eu não consigo entender!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

1º de Dezembro de 1640


Hino da Restauração (1640)
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Portugueses celebremos
O dia da Redenção
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.
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A Fé dos Campos de Ourique
Coragem deu e valor
Aos famosos de Quarenta
Que lutaram com ardor.
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P'rá frente! P'rá frente!
Repetir saberemos
As proezas portuguesas.
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Ávante! Ávante!
É voz que soará triunfal
Vá ávante mocidade de Portugal!
Vá ávante mocidade de Portugal!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O Conselheiro de Estado

Leio diversos comentários e indignações sobre o facto do Presidente da República manter o Dr. Dias Loureiro como conselheiro de estado.

Pelos vistos o “estatuto” dos referidos conselheiros de estado não permite a sua exoneração, o que leva à conclusão que para o referido senhor deixar o Conselho de Estado precisa de morrer, ou que o Presidente da República seja deposto ou renuncie, ou ainda que o próprio renuncie.

Mas o Presidente fez, a meu ver, aquilo que podia e devia fazer, ou seja, chamou o homem e perguntou-lhe, com certeza sob compromisso de honra, se alguma das acusações que lhe eram feitas, eram verdadeiras.
O conselheiro, pelos vistos, respondeu que não e que era inocente de todas as acusações que lhe eram imputadas.

Ora o Presidente da República não podia ter outra atitude que não seja manter o conselheiro de estado, não lhe pedindo, (o que era possível), que renunciasse ao cargo.

Se procedesse de outro modo, ou seja, se pedisse a renúncia a Dias Loureiro, (que ele aceitaria fazer, com certeza), estava a abrir a porta a que cada vez que fosse escolhido alguém que não fosse da preferência dos “grupos de pressão”, aparecessem umas acusações que serviriam para levar à demissão o conselheiro em causa.
O Presidente da República não é inspector da policia, nem lhe compete investigar cidadãos, que para além do mais se presumem inocentes até prova em contrário.

Sabemos bem por experiências passadas, que se houve muitos acusados que se “safaram” por “falta” de provas, também houve alguns injustamente acusados que ficaram com a sua dignidade manchada.

O Presidente da República tem-me desiludido em muitas coisas mas nesta particular dou-lhe razão.
E não é por causa de Dias Loureiro, que não conheço nem me é particularmente simpático, mas porque acho que procedeu correctamente e da única forma possível.

Outra coisa é Dias Loureiro, que conhecerá com certeza a sua vida, e por isso saberá se tem ou não culpas no cartório.
Se as não tem, que durma descansado embora obviamente indignado com o que dele dizem.
Se as tem, então essas culpas agravam-se, porque mentiu ao País, mentiu ao Presidente, mentiu ao amigo, e colocou esse amigo, que é Presidente da República, numa situação, para não dizer mais, incómoda.
E digo tudo isto porque quero acreditar que entre as mulheres e homens deste país, ainda há uma réstea de dignidade, e que ainda se pode confiar na palavra de um amigo.
Estarei a sonhar alto, provavelmente!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ah bem, estava a ficar preocupado!

«Não vou parar», garante Ana Gomes
Deputada promete ter intervenção política mesmo que abandone o Parlamento Europeu


Portugal Diário


Ora aqui está uma notícia importante e que nos deixa muito mais descansados!

Calculem bem que eu não tenho dormido a pensar que a senhora ia parar!

Assim, sim, para isto é que serve a informação, caraças!

Bem cá para mim, apesar de tudo, se ela parasse não me fazia grande diferença, até porque não sou muito adepto de gente truculenta!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

E é só ele???

DN: «Santana e Carmona investigados por novas suspeitas de corrupção»

Trata-se de dois processos de loteamento na zona oriental de Lisboa, aprovados em 2006 pelo executivo de Carmona, que surgem na sequência de uma alteração do PDM, aprovada ainda pela presidência de Santana.

Do Portugal Diário


Agora que o homem, Santana Lopes, se perfila, ou já é candidato à Câmara de Lisboa, vamos ver a quantidade de processos que serão iniciados contra ele, que irão ser do conhecimento público e que não serão resolvidos antes das eleições!

Informo desde já que até nem gosto como político de Santana Lopes, e que nem sequer voto em Lisboa, mas as coisas que hão-de aparecer aí pela comunicação social não terão conta.

Logicamente afirmo que se o homem tem “culpas no cartório”, qualquer que seja o “cartório”, têm que ser investigadas e punidas em caso de culpa provada, mas que o sejam sem arrastamento, ou seja, até às eleições.

É que toda a gente se ri de Santana Lopes, toda a gente desvaloriza a sua candidatura, (que não sei se será boa para Lisboa, mas isso é problema dos “alfacinhas”), mas a verdade é que me parece realmente que a dita candidatura provoca algum receio nos outros candidatos.

“A ver vamos, como diz o cego”!!!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

América, América!!!

Descansem que não vou escrever sobre o mesmo, ou seja, se o homem é capaz ou não de levar por diante o fardo da Presidência dos EUA, ou que estamos todos muito felizes e contentes por ele ter sido eleito e por aí fora.

Não, não vou escrever sobre isso, mas sobre três coisas que toda a gente constatou, mas talvez não tenham interiorizado verdadeiramente.

A primeira foi o discurso de vitória de Barack Obama, um discurso a todos os títulos notável.
Sim pode-se dizer que teve uma carga emocional muito grande, que foi um rendilhado de palavras bonitas mas que espremidas não dão em nada.
Pode-se dizer até que teve aqui e ali uns laivos sonhadores, mas a verdade é que é muito bom ouvir da boca de alguém que vai presidir aos EUA, um discurso tão humano, tão solidário, tão recheado de esperança.
Porque, deixem-me colocar o dito popular ao contrário, «enquanto houver esperança há vida»!

A segunda foi o discurso de derrota de John Mcain, outro discurso notável e de uma grande dignidade.
Não arranjou desculpas, não descobriu conflitos nem diferenças, antes preferiu, com um grau de sinceridade que me pareceu genuíno, elogiar o seu oponente, transmitindo uma imagem de que o tinha deixado de ser, para passar a ser o seu Presidente como se fosse escolha sua.
Sei que muitos fazem este tipo de discurso na hora da derrota, mas John Mcain pareceu-me, repito-o, verdadeiro nas palavras que proferiu.

A terceira é a constatação de facto, do “american dream”.
Para os detractores dos EUA, (também não sou um fã incondicional), esta eleição constituiu, quer queiram quer não, a prova de que nos EUA as oportunidades estão abertas a todos e que a sua democracia, embora por vezes muito complicada e cheia de coisas de “arrepiar os cabelos”, funciona e é real.
Vimos republicanos notáveis a apoiarem Obama, sem dramas nem teatros.
Vimos “afro-americanos”, (tem de dizer-se assim agora), a apoiarem também Mcain sem problemas.
Vimos enfim, que a coisa funciona e as pessoas se sentem livres de fazer as suas escolhas, atendidas, claro está, as pressões vindas de todos os lados, sobretudo dos media.

Já tínhamos visto um presidente do mais poderoso país do mundo demitir-se porque tinha cometido um erro imperdoável naquela democracia e vemos agora um “afro-americano” ser eleito presidente desse mesmo país.

Apetece-me dizer também:
«God save América»!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Um erro "íngricola"!!!

Aí estávamos nós, nas férias grandes, (quando elas eram mesmo grandes), nos campos da província, que tanto gostávamos de correr e percorrer.

A caminho do rio, (que nesse tempo tinha a água límpida que até se viam os peixes), para um mergulho no açude, apanhando a fruta das árvores e comendo-a directo, sem qualquer medo ao tratamento do sulfato, “caçando” uma rã aqui outra acolá, ou até para maior aventura uma cobra de água, lá íamos desfrutando tudo aquilo que não nos era dado em Lisboa, terra dos estudos.

Claro que, se apesar de tudo sabíamos distinguir uma maçã de uma pêra, um milho de um trigo, um estorninho duma rola, outros frutos, outras culturas, outros animais, revelavam-se mais difíceis de distinguir.

Também, tínhamos de “aprender” tudo no Verão e não nos esquecermos no resto do ano!

Mas até dava gozo chegar a Lisboa e por vezes ser gozado pelos outros como provincianos, mas depois nas aulas, quando se tratava das coisas práticas ligadas com a “ingrícola”, um tipo dar uma de conhecedor, até para além daquilo que os próprios professores conheciam realmente.

Pois bem, um dia os meus primos, (companheiros permanentes de férias), e eu, durante uma dessas deambulações pelos campos, deparámos com um campo carregadinho de saborosos melões, e que sabíamos pertencentes ao meu pai, pelo que “estávamos em casa”.

Logo tomamos a decisão de abrir um para experimentar e logo também se colocou a pertinente dúvida:
Serão melões, ou abóboras?

Os nossos conhecimentos “ingrícolas” não chegavam a tanto e então eu, como filho do proprietário, senti-me empossado na autoridade de poder dar umas ordens, que logicamente foram no sentido de experimentar a abrir um/uma e depois logo se via.

A primeira era obviamente uma abóbora e disso não restavam dúvidas, mas a sede e vontade de comer, a graça que tinha partir aqueles frutos numa pedra para ver o interior, e a certeza inabalável de que o meu pai com certeza ali teria melões, levou-me a continuar e “autorizar” que a busca do melão continuasse.

Passado algum tempo sem encontrarmos nenhum melão, parámos a procura, e foi então que nos deparámos com um campo de abóboras completamente devastado pela ignorância “ingrícola” de um bando de rapazes que tiveram de se render à evidência que passavam mais tempo em Lisboa, que na província.

Mas agora era preciso dar uma explicação ao verdadeiro proprietário, que para além de não ser pessoa que gostasse de mentiras, tinha umas mãos que pareciam umas pás.

Aí, os meus primos chegaram à brilhante conclusão de que sendo eu filho, me competia a mim arrostar com as consequências, já que eles tinham a noção de que a coisa também iria chegar aos ouvidos do pai deles e assim escusavam de levar duas vezes.

Pareceu-me justa a explicação e decidi então que eu sozinho iria explicar ao meu pai o inexplicável.

Quando cheguei perto dele e vi o seu olhar, do alto do seu metro e oitenta e cinco, percebi que embora ainda não tivessem sido inventados os telemóveis, a noticia tinha corrido célere e que ele já estava de posse de todos os dados da “façanha” do seu filho.

Perante esta constatação não hesitei e contei a verdade nua e crua, pois para além da “estragação“ feita, tive de reconhecer a minha incapacidade de conhecimento no campo da “ingrícola”.

Olhou para mim e deu-me um estalo, tentando controlar a sua força, mas que mesmo assim me levou de ventas ao chão.

Quando me levantei, olhou para mim com um ar muito sério, embora me tenha parecido também um pouco trocista, e disse:
«Levas um estalo, não por causa do estrago que fizeste, mas por não seres capaz de distinguir uma abóbora de um melão. Que vergonha!»

Voltou as costas e afastou-se de mim e eu ia jurar que o tremer das costas dele era porque se ia a rir de mim.

Não sei o que me doeu mais no momento, se o estalo, se a vergonha de não ser capaz de distinguir uma abóbora de um melão!!!
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Hoje, dia das eleições na grande América, veio-me ao pensamento esta história verdadeira, que se passou comigo, e escrevi-a com o gozo da comparação entre as eleições para o Presidente dos EUA e uma coisa tão simples e tão comezinha como esta.
Já agora, será que algum dos dois candidatos saberá distinguir uma abóbora de um melão, no campo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Pontos de vista!!!

Ferreira Leite esteve «quase a raiar o xenófobo»
«Foi uma frase muito infeliz e quase a raiar o xenófobo, um pouco caricata vinda de uma líder de um partido político pretensões a ser governo», afirmou o porta-voz do PS, Vitalino Canas, em declarações à Agência Lusa.

Chávez: «Quero falar com o negro [Obama]»
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou este domingo que as relações do seu país com os Estados Unidos podem melhorar se Barack Obama vencer as presidenciais norte-americanas de terça-feira e disse-se disposto a conversar com ele, «o negro», como sempre se referiu ao norte-americano.
Chávez, que falava no seu habitual programa de domingo na televisão venezuelana, frisou todavia que um encontro com Barack Obama terá sempre de ser «em termos respeitosos e de igual para igual». «Esperamos que, com o negro, entremos numa nova fase», disse.

Do Portugal Diário


Se para o PS, na voz do seu porta voz, Ferreira Leite esteve «quase a raiar o xenófobo», então o que é o dilecto amigo Chávez, do PS, do Primeiro deste país, esteve «quase a raiar»?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ah, "ganda" "pogresso"!!!


Hoje na minha "santa terrinha", tivemos desde as oito horas da manhã, até às dezasseis horas da tarde sem electricidade!

Isto é que é progresso, caraças!

Isto é que é pertencer à Europa, chissa!

Não, não foi para arranjar a linha, foi mesmo uma avaria numa tal subestação que parece ser do tempo da "pedra lascada"!

E como está tudo muito informatizado, quando se telefona a perguntar o que se passa, respondem de Lisboa, com a brilhante informação, igual ao longo do dia, de que não têm previsões para o tempo de demora da resolução da avaria.

Pudera, os gajos se calhar nem sabem onde fica a minha "santa terrinha"!

Mas o que muito me incomodou, foi pensar nos jovens daqueles lugares, muito chateados, porque se tinham acabado as "pilhas" aos Magalhães e não os podiam recarregar!!!

Ah, "ganda" "pogresso"!!!!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

"Lavo daí as minhas mãos" 2

Afinal há coisas que o senhor Presidente leva até às últimas consequências, ou seja, até ao segundo veto.

São aquelas que dizem respeito aos seus poderes!

Que esses ninguém os deve "beliscar"!

Quanto aos tais direitos dos mais "fracos", nos casos dos divórcios e dos abortos, isso merece apenas um primeiro e único aviso.

Estou esclarecido!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Só mais uma, só mais uma!!!

Governo adia construção de auto-estradas
Governo diz que os custos destes projectos será mais elevado do que o previsto


A maioria dos concursos para as novas concessões rodoviárias só vai ser fechada no próximo ano. A crise de crédito que originou as dificuldades de financiamento dos projectos está a dar lugar a sucessivos adiamentos, pedidos pelas concessionárias que não conseguem garantir os elevados montantes necessários junto da banca, revela o «Jornal de Negócios»

No Portugal Diário

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Calculem bem que o governo diz que
«os custos destes projectos será mais elevado do que o previsto» !

Isto é que é uma surpresa, hem?

Para além disso eu pensava que iam adiar a construção das auto-estradas por
falta de espaço para as ditas cujas em Portugal!

Assim precisariam de tempo para alugar ou comprar uns terrenos em Espanha e aí continuarem a construção das auto-estradas, que é sem margem para dúvidas, o
desígnio último das realizações dos governos portugueses.

Assim como uma coisa do tipo:
«Enquanto houver um português sem uma auto-estrada para chegar à sua casa, nós governos portugueses de todos os partidos, comprometemo-nos a não parar de as construir»!!!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

"Lavo daí as minhas mãos"

Decisão será anunciada na próxima semana
Cavaco Silva promulga Lei do Divórcio mas avisa que é “injusta”

O Presidente da República deverá anunciar para a semana que vai promulgar a Lei do Divórcio, mas, segundo o “Correio da Manhã”, “não deixará de esclarecer os portugueses de que a lei é profundamente injusta para as mulheres de mais fracos recursos financeiros e desprotege os filhos do casal”.

No PÚBLICO



O Senhor Presidente da República continua a desiludir-me!

Desilude-me porque votei nele por diversas razões, entre as quais a ideia de que seria pessoa segura das suas convicções e sobretudo porque, (julgava eu na minha ingenuidade), seria pessoa que colocaria acima de tudo o bem dos Portugueses, não olhando apenas a maiorias, mas a cada grupo de pessoas, a cada pessoa, que de algum modo pudesse ver os seus direitos coerctados ou injustiçados.

Mas não, não tem sido assim que tem procedido em matérias tão importantes que envolvem directamente a vida das pessoas, das famílias, da sociedade.

Tal como no caso da Lei do Aborto, aparece agora com a mesma atitude nesta Lei do Divórcio.

Limita-se a dizer que as leis são injustas, que estão mal feitas, que prejudicam com certeza algumas pessoas, mas não leva as suas prerrogativas até ao fim, ou seja, não utiliza todos os mecanismos que a lei confere ao seu cargo para fazer uma verdadeira análise das leis que lhe são propostas e que ele faz saber aos cidadãos achar serem mal feitas e injustas.

E fá-lo saber aos cidadãos, para como Pilatos daí lavar as mãos, ou seja, dizer que avisou, que chamou a atenção, mas esquecendo-se de que o poder está nas suas mãos, e que se ele não é absoluto, pode pelo menos levá-lo até às últimas consequências, pois como ele muito bem diz, as leis estão mal feitas e são injustas.

E se no fim do processo, teimosamente os outros agentes políticos insistirem na promulgação das leis, mesmo com os erros que lhes aponta, e se mais nada nos seus poderes lhe é permitido para se opor a essa promulgação, então sim proceda em conformidade, sabendo então que fica na memória dos Portugueses porque se bateu pela justiça até onde lhe foi permitido.

Ah, pois, mas há muito mais coisas em jogo, como uma possível reeleição e tantas outras que circulam nos meandros políticos fora dos olhares daqueles que votam nas eleições!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Um ABRAÇO


Hoje estou numa de amizade, de solidariedade, de acolhimento, sobretudo depois de ter lido a história publicada pelo Peter no Conversas de Xaxa.


Por isso quero apenas deixar um abraço forte e amigo a todos quantos aqui vierem.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

E as sondagens???

Constatei, a não ser que esteja enganado, que não se fizeram sondagens para aferir da vontade dos portugueses quanto aos casamentos homessexuais.
Quando da Lei do Aborto e outras, como a Regionalização e por aí fora, fizeram-se dezenas de sondagens e agora nada!
Parece-me que provavelmente as sondagens não seriam favoráveis aos desígnios "fracturantes" e assim sendo, mais uma vez a "imparcialidade" dos media e apoiantes da causa, decidiram não as fazer para que o resultado não trouxesse para fora o que se sente dentro.
Ou então fizeram-nas, (quase de certeza), e o resultado mais uma vez não interessou a quem apoiava tal proposta.
Terá sido por causa de alguma delas que o partido do governo tomou a sua decisão?
Quanto ao assunto em si, tenho uma opinião sobre o mesmo, que um dia explicitarei, se achar que vale a pena.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Que sociedade é esta?!!!

Reporto-me ao texto da Carol, publicado no Notas Soltas Ideias Tontas, para acrescentar um dado novo.

Ontem, segundo notícia que percorreu os jornais e televisões, foi decretada a prisão preventiva de uma professora de Leiria, pela suspeita de crime de burla agravada.

Esta professora, tem três filhos menores, e o seu marido anda fugido à justiça.

Se é culpada ou não, compete aos Tribunais decidirem, mas para mim não é isso que aqui está em causa, mas sim a prisão preventiva a que foi sujeita.

Perante um indivíduo que entra numa esquadra da Polícia, dá tiros num queixoso e é mandado para casa, um grupo de jovens que assalta e viola uma empregada no seu trabalho, e são mandados para casa, um homem que agride a ex-mulher e detém uma arma ilegal, e também vai para casa, um militar que viola uma criança, e também vai para casa, esta mulher, mãe de três filhos menores que já não têm pai com eles, (culpado ou não), é mandada para a prisão por suspeita de ter cometido uma fraude que envolve “apenas” bens materiais!!!

Que raio de justiça é esta?

O que é que a justiça deste país anda fazer de “justo”?

Que raio de códigos são estes, pelos quais se regem os juízes deste país?

Reparem que tudo isto vai muito mais fundo do que a própria justiça!

Tudo vai estando assente na falta, ou melhor na inversão dos valores pelos quais se dever reger a sociedade humana.

Pelos visto é mais valorizado o crime contra a propriedade, contra os bens, do que o crime contra a vida humana, contra a dignidade humana!

O que reflecte bem a sociedade em que vivemos e estamos a “construir”, em que o “ter” é mais importante que o “ser”.

E onde é que isto nos leva?

Ao egoísmo, ao individualismo feroz, ao passar por cima de tudo e de todos para obter o que se deseja, à especulação indecente, ao viver-se do mal que acontece aos outros para “engordar” as nossas posses.

E é isto, que quer queiramos quer não, vamos transmitindo aos nossos filhos!

Não sei quanto tempo vai levar para nos apercebermos verdadeiramente do mundo “irrespirável” que estamos a criar, do país “miserável” onde iremos viver, mas tenho para mim que não demorará muito tempo a sentirmos mais violentamente na “pele” os efeitos desta sociedade que estamos a deixar “construir”.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Estamos a ser "cobertos"!!!

Quiosque: «Governo garante depósitos bancários» (DE)
«Governo garante depósitos bancários» é o título do «Diário Económico».

O governo português anunciou ontem que vai cobrir a totalidade dos depósitos bancários dos portugueses em caso de ruptura de uma instituição de crédito mas, por enquanto, opta por não mexer no fundo de garantia, que assegura apenas 25 mil euros por cada depósito.

Do Portugal Diário


Ok, tudo bem!

E agora pergunto eu:

E como é que pode governo pode garantir isso no estado em que dizem estar o “tesouro” nacional?

E quem é que garante a “cobrição” dos títulos de divida pública, certificados de aforro, etc., a cargo do dito governo da nação?


Nota: A palavra “cobrição” foi usada de propósito, porque me parece que é a prática usada pelos governos da nação “sobre” os cidadãos, desde há uns largos anos até hoje!
Para quem não está familiarizado com o termo "cobrição", usado sobretudo em referência a animais, aqui fica do dicionário:
Cobrição - acto de cobrir; padreação;
Padreação - acto de padrear;
Padrear - machear; cobrir; procriar;

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Declare-se já guerra aos gajos, carago!!!

NATO: Russos apontam metralhadoras a José Lello
Incidente com presidente da Assembleia Parlamentar ocorreu num posto de controlo na Geórgia

O presidente da Assembleia Parlamentar da NATO, José Lello, insurgiu-se esta quarta-feira por soldados russos lhe terem apontado metralhadoras quando visitava um posto de controlo na Geórgia, obrigando-o a dar «dois passos atrás», noticia a Lusa.

O português José Lello falava telefonicamente à Agência Lusa desde Tbilissi, onde chegou na segunda-feira para uma visita que termina hoje. «Tive um confronto num posto de controlo, os soldados russos apontaram as metralhadoras e fui obrigado a dar dois passos atrás, levando à intervenção da polícia local», declarou


Do Portugal Diário


É pá, isto é “muita grave”, caraças!

Eu acho que se deviam reunir desde já os altos comandos e preparar uma invasão à Rússia como forma de lavar o insulto do senhor presidente da Assembleia Parlamentar da NATO, José Lello, ter sido obrigado a dar «dois passos atrás».

É que como se diz aqui no país, «para trás mija a burra»!!!

Está-se mesmo a ver o diálogo!

Os soldados russos:
- Nasdrovnia, Gorbatcehv, Putin, Kremlin…(e outras palavras russas)!
E o senhor presidente:
- O quê…emh? (pronúncia do Norte)!

E os gajos a insistirem:
- Spassiba, Ieltsin, Abramovich, e por aí fora…

E o senhor presidente:
- O quê…emh? (mais forte, mais indignado)!

E novamente os “russicos”:
- бизнесмен, пресс-релиз, дистрибьютер, e por aí fora…

Aí o senhor presidente, visivelmente irritado:
- Mau, mau Maria, assim é que a gente não se entende, carago! Estes gajos não são do Norte, carago!

Perante a explosão verbal do senhor presidente, os “russicos” puxam a culatra atrás e é aí, espantem-se ó bafejados pela sorte que em vossas casas “estaides” em segurança, o senhor presidente teve de dar «dois passos atrás».

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Lá volto eu ao mesmo!


Lá volto eu ao mesmo, mas depois da humilhação de ontem do meu clube de eleição, o Futebol Clube do Porto, continuo a afirmar que Jesualdo Ferreira não é treinador para o Porto!

O homem fica sem saber o que fazer, anda "às aranhas" no campo, faz umas substituições que ninguém entende, deixa vender quem faz falta e deixa comprar quem não presta, enfim, poderá ser bom no Rio Ave, Beira Mar, etc., (sem desprimor para estes clubes), mas não para o Futebol Clube do Porto.

Vejamos o que ele fez até agora no Porto, se não estou em erro:

Ganhou dois campeonatos nacionais com duas equipas de luxo, em que os dois adversários, Benfica e Sporting, não tinham equipas e nunca jogaram para ganhar, porque não podiam.

Sempre que jogou com equipas estrangeiras, mesmo até das mais fraquinhas, foi sempre um sufoco e nunca passou da "cepa torta".

Este ano, com uma equipa menos boa que as anteriores e a precisar de um treinador a sério, é o que se tem visto.

Quer isto dizer que não auguro nada de bom para o Porto, este ano!

Não sou partidário de permanentes substituições de treinadores, (aliás não percebo nada de futebol), mas quer me parecer que acabou o tempo de Jesualdo Ferreira à frente do FCP, que aliás se calhar nem nunca lá devia ter estado!




segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A Viagem


Estou sentado na areia da praia com as mãos apoiando o queixo e o olhar fixo no longe.
Na minha cabeça passam as imagens, (imaginadas), das caravelas a partir rumo ao desconhecido.
Uma ponta de inveja começa a crescer dentro de mim e em pouco tempo transforma-se numa exaltação que me enche por completo.
Partir para sítio nenhum, onde nada existe e onde tudo talvez nada se encontre!
Que aventura, que excitação, que desafio!
Vejo-me já a cruzar as águas dos oceanos, a minha imagem a rir de exaltação, reflectida no espelho prateado das ondas, as gaivotas a acompanharem-me no seu vôo perfeito, a incitarem-me com o seu grasnar ensurdecedor e aquela permanente sensação de estar quase a chegar a lado nenhum.
E se não há mais Terra? E se tudo acaba no espaço? E se não chego ao fim só porque não há fim nenhum?
É quase brutal a alegria de querer conhecer o desconhecido. Traz-me cânticos aos lábios, o meu cérebro trabalha a velocidades já mais atingidas, o meu corpo está dorido de tanta excitação inacabada.
Já lá vai tanto tempo e eu continuo a viagem com a mesma vontade com que a comecei.
De repente surge um ponto no horizonte que rapidamente ganha tamanho e importância.
É uma explosão de vida! Cheguei, consegui, descobri!!!
E é um paraíso, nada falta, tudo é bom, tudo é calmo. A sensação vai crescendo à medida da descoberta, cada vez é mais forte, mais completa.
Desta vez acertei!
Depois de tudo conhecido e explorado, passada a euforia da conquista, começo a reparar que afinal sempre deve haver melhor, sempre deve haver mais coisas, sempre deve haver mais calma, sempre deve haver mais ... tudo.
E recomeça a inquietação, o não poder estar parado, a falta de qualquer coisa para a qual devo estar fadado.
Aquela sensação dorida de que se tudo já está satisfeito, eu ainda tenho muita vida para descobrir, para viver, para criar.
Alguém precisa de mim, em algum sítio, em algum tempo, em algum espaço.
Nem que esse alguém, seja eu!
Preparo-me para a nova viagem, que no fundo é a mesma. E rio-me. Rio-me, porque os meus preparativos para a viagem, são partir!
Mais uma vez as sensações fortes e amigas tomam conta de mim: a boca ri, os olhos brilham, o corpo incha de excitação, a cabeça fervilha de idéias perfiladas, que nunca acabam, onde as outras não começam.
E parto mais uma vez com o coração ao alto, tendo como companheiro de viagem o meu próprio sentir.
E o que mais me espanta é que nada disto me cansa, porque nesta viagem tão longa, todos os dias há coisa nova, não há ondas que sejam iguais, nuvens que sejam parecidas, nem caminhos que se sobreponham.
Há um renovar constante, um renascer permanente. Até o caminho percorrido tem coisas para descobrir.
Mas o que é mais interessante, é saber que nunca vai acabar, que a viagem vai continuar e que se alguém me quiser acompanhar tem de ter a mais linda qualidade: é o nunca querer ficar!!!
Chegarei ao fim um dia?
Se chegar, meu Deus, não me faças acabar, enche-me todo de sentir e então faz-me ... explodir!!!

Escrito em 26 . 11 . 91
A "culpa" de aqui colocar este "escrito" é do Tiago R. Cardoso, que ao vir deslumbrar-nos com os seus contos, me fez lembrar de alguns que vou escrevendo.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

No mundo da "fantasia"... será?

O Primeiro sentado à sua secretária olhava para os seus colaboradores mais fiéis, na expectativa de uma qualquer brilhante ideia para colocar em prática e levar o partido à vitória nas eleições que se aproximavam.

Ele ia falando, expondo os seus pensamentos e pressurosos os outros todos iam meneando a cabeça, assentindo sem dúvidas tudo o que ele dizia, embevecidos com a clarividência do chefe.

A certa altura o Primeiro, já chateado com aquilo tudo, volta-se para eles e diz naquela voz irritada, arrogante, pesporrente, que toda a gente no país já tão bem identificava:
– Porra! Parem lá de andar com a cabeça de cima para baixo! Parecem umas galinhas a debicar no milho! Vejam lá mas é se tem algumas ideias que foi para isso que vos chamei para o governo! Ou querem ficar no desemprego?

Olharam uns para os outros, atrapalhados, temerosos, porque sabiam bem como eram as irritações do Primeiro.

Um deles então, parecia o da Economia, muito a medo, arriscou:
– Então e se oferecêssemos uns electrodomésticos ao povo?

Os olhos do Primeiro chisparam e gritou já com uma raiva incontida:
– Mas olha lá, tu julgas que eu sou algum presidente de Câmara, ou quê? Tu “tás” parvo? Só me saem gajos destes!

O outro ainda arriscou timidamente:
– Mas o Zé Eduardo fez isso e não é presidente de Câmara! E ganhou as eleições quase com 90%! Até parecia a Rússia de antigamente!

O Primeiro, sem sequer olhar para ele para não se irritar mais, disse:
– Gaita, és sempre o mesmo bronco! Não sei como é que te escolhi para isto!

Então o das Obras, com aquele ar de burro encartado, disse muito ufano:
– Já sei, prometem-se mais umas auto-estradas!

Responde-lhe o Primeiro:
– Ó meu camelo! Então já nem temos espaço para plantar umas couves neste país à conta de tanta auto-estrada, e tu ainda vens propor mais umas!

E acrescentou:
– Irra, estou cercado de incompetentes!

Aquele que não tem pasta com assunto, que é o mais chegado ao Primeiro, afirmou muito pressuroso:
– Eu ainda não disse nada! Eu ainda não disse nada!

O Primeiro não se conteve, e com o seu célebre dedo apontado para ele, gritou:
– Pois não, meu macaquinho de imitação! Tu nunca dizes nada e quando dizes é para repetir o que eu digo e mesmo assim muitas vezes mal!
E continuou:
– Bem, já percebi que com vocês não me safo! Tenho que ser eu a fazer tudo!
Vamos distribuir uns computadores aos putos das escolas, aumentar umas pensõezitas das mais baixas e prometer mais polícias e mais armamento para os gajos, a ver se o pessoal vota em nós.
Tenho que ver também como é que vou conciliar estas promessas e outras com a história da contenção do défice, mas quanto a isso não devo ter problemas porque os gajos da oposição andam aos papéis e não sabem para que lado se hão-de voltar!

E finalizou, com um ar cansado, mas muito satisfeito consigo próprio:
– Os gajos da oposição ficam sempre lixados comigo. Fartam-se de fazer perguntas, mas eu nunca lhes respondo e só falo do que eu quero! Até tenho pena deles!

Os outros levantaram-se todos e aplaudiram freneticamente o Primeiro, que de cabeça erguida em pose, agradecia condescendente a homenagem que lhe prestavam.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Chamem-me ingénuo, mas eu sou assim...

Pois é, podemos dizer que a vida é assim, que as coisas acontecem, que o mundo não pode parar e sei lá eu bem mais uns quantos lugares comuns ditos no dia a dia, que mesmo assim há certas coisas que não deixam de me incomodar.

Vem isto a propósito de uma notícia que vi e ouvi na televisão hoje quando me preparava para sair de casa de manhã.

Informava então a referida notícia, que hoje em dia cada vez há mais casas compradas em leilões, porque vão à praça por falta de pagamento dos empréstimos contraídos para as adquirir, a maior parte das vezes porque os juros se tornaram incomportáveis ao longo da vivência do empréstimo.

E nestes leilões caem aqueles, a notícia chamava-lhes investidores, que têm dinheiro para fazer um bom negócio com a desgraça dos outros.

Mas também lá estão casais que querem comprar as suas casas mais baratas e assim vão arrematar as casas daqueles que não as puderam, ou por vezes, não souberam ter.

E faz-me impressão, o que é que querem, faz-me impressão que alguns se aproveitem da desgraça dos outros, para fazerem a sua felicidade, ou pior ainda, para ganharem um pouco mais de dinheiro que já não lhes faz falta nenhuma.

Claro que no meio destes que perderam as suas casas, haverá muitos que não tiveram juízo, ou que tiveram mais “olhos que barriga”, mas continua a incomodar-me que vivamos cada vez mais num mundo frio e impessoal, em que os outros não interessam e em que somos capazes de construir as nossas vidas sobre o desabar das vidas dos outros.

Chamem-me sentimental, ingénuo, idiota até se quiserem, mas eu sou assim e espero não mudar, embora este feitio me incomode muito mais do que se vivesse egoistamente a pensar apenas em mim.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O estado da Justiça, ou a justiça do Estado.

O tempo vai-se encarregando de apagar a memória das coisas e de repente, perante a actualidade, esquecemo-nos do que ficou para trás e afinal não estava bem resolvido.

Alguém me mandou este video.
.
.
Resta saber:
Isto foi devidamente investigado?
E se foi, correspondia à realidade ou não?
E se sim, se correspondia à realidade, como é possivel o que agora se passa?
E se não correspondia à realidade, porque é que os visados na noticia não moveram um processo à SIC?
São muitas perguntas sem resposta, não são?

Com isto não estou a condenar ou a inocentar ninguém, mas a chamar a atenção para o estado a que a justiça deste país chegou!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Preocupações de velho!!!

Quem aqui me visita, já percebeu com certeza, que estou praticamente na casa dos sessenta anos, e que sou um pouco conservador, embora de espírito aberto que não recusa apreciar, analisar e até aceitar muitas coisas, ditas modernas.

Há no entanto algo que eu julgo ser intemporal, ou seja, que ficava bem antes, fica bem agora, e há-de ficar bem no futuro.

Esse algo é a educação com que nos comportamos em sociedade, uns com os outros.

E se há normas, digamos básicas, como o respeito que cada um nos deve merecer, se há uma ética e uma moral transversal a toda a humanidade que devemos preservar e adoptar de modo a não “sermos confundidos” com o reino animal irracional, há também normas de conduta que vêm de longe e se vão perdendo, a meu ver infelizmente.

Vem isto a propósito daquilo que venho observando há muito tempo, sobretudo nos mais jovens, que não apenas adolescentes, mas também adultos na casa dos vinte ou trinta anos.

Serão normas de conduta imprescindíveis para a vida humana?

Não são com certeza, mas tornam-na mais agradável, mas simpática, mais acolhedora.

Refiro-me ao seguinte:

Outro dia, sentado num restaurante à espera que me trouxessem o almoço que já tinha encomendado, ia reparando nas pessoas que entravam na sala e naquelas que já estavam à mesa a comer.

Um casal jovem, entre os vinte cinco e os trinta anos estava a entrar no restaurante.

Rapidamente ele tomou a dianteira, abriu a porta e entrou sem sequer olhar para trás, nem se preocupar se a porta batia na sua acompanhante, ou não.

Dirigiu-se a uma mesa e sentou-se de imediato no, digamos, lugar melhor, ou seja aquele que está voltado para a sala.

Ela sentou-se de costas para a sala, sem um qualquer gesto da parte do acompanhante.

Ele pegou na ementa, leu, releu e escolheu e só depois a passou à sua companheira de mesa.

E depois, bem, e depois os modos, (dos dois), de comer, de beber, de boca aberta, falando com a boca cheia, foram de tal modo que eu estava à espera do arroto final.

Há pois, era gente sem educação, sem escola, etc, etc!

Não, não eram, era gente de gravata, de roupa da moda, gente que se percebia terem um bom emprego e muito provavelmente um curso dito superior.

Ah, mas eram caso único!

Não, não eram, pois a maioria daqueles que ali estavam, e não só ali mas em tantos sítios por onde passo, portavam-se da mesma maneira e alguns até com uma certa arrogância nesses mesmos modos.

Sim, já sei que não é imprescindível para a vida do dia a dia, mas que as normas de conduta, ditas de boa educação, a que estávamos habituados, tornavam a vida mais bonita, mais simpática e melhor de viver, disso não há dúvidas nenhumas.

E esta forma de comportamento está rapidamente a alastrar-se, e é pena, porque os portugueses até eram gente com muito bons modos, atitudes e educação no seu viver do dia a dia, fosse a que “nível” fosse.

Enfim, preocupações de velho, que se calhar a ninguém interessam.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Desculpem, mas não resisti!!!

Estado condenado a indemnizar Pinto da Costa
Última hora: presidente do FC Porto poderá receber indemnização por ter sido detido ilegalmente no âmbito do processo Apito Dourado

O Estado foi condenado a pagar uma indemnização a Pinto da Costa por detenção ilegal. Segundo notícia avançada pela SIC Notícias e confirmada pelo PortugalDiário, o presidente do FC Porto intentou uma acção contra o Estado por detenção ilegal.

No Portugal Diário


Ora bem, agradecia que os meus amigos me acusassem de qualquer coisa, (que não envolvesse coisas sexuais, já agora), para ver se alguém ordena a minha prisão, indevida claro, porque eu preciso de ganhar uns cobres.

Podemos até dividir depois a indemnização, claro!

Sou insuspeito neste texto, até porque eu sou adepto do FCP!

Bem isto é a brincar, a tentar fazer humor, porque realmente se uma pessoa é indevidamente presa, o Estado deve ressarci-la dos seus prejuizos, sobretudo do seu bom nome.

Mas desculpem, não resisti!!!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Pobres Emigrantes!


Líder do PSD promete opor-se a proposta socialista
Ferreira Leite contra fim do voto por correspondência para emigrantes

11.09.2008

O PS entregou no passado dia 18 de Julho no Parlamento um projecto de lei para acabar com o voto por correspondência dos emigrantes nas legislativas - e que deverá ser discutido ainda este mês, estando agendado para sexta-feira dia 19 - argumentando que o voto presencial, que já acontece nas presidenciais, trará uma “dignidade acrescida à Assembleia da República” por ser mais “dignificante” e “transparente”.

No Público



Pobres emigrantes!

Há uns anos muito largos, nos finais da década de 50 e seguintes anos, os portugueses tiveram de emigrar, muitos deles a salto, para poderem arranjar dinheiro para viver, trabalhando no duro e a maior parte deles em condições tão terríveis, que chegavam a ser degradantes.

Passaram uns anos e a sua vinda era desejada, porque traziam as famosas remessas de divisas, que iam entrando nos cofres do Estado, dando um pouco de lastro á periclitante economia nacional.

Sim eram desejados, mas ao mesmo tempo criticados pela forma espaventosa de se mostrarem, pelo “francês arranhado”, pelos acidentes de automóvel, (como se fossem só eles coitados), mas eles não se importaram muito e continuaram a visitar o seu Portugal.

De Portugal recebiam pouco ou quase nada, a não ser o “matar saudades”, e mesmo nos países de destino, lutavam contra a interminável burocracia portuguesa e nem um apoio para que os seus filhos aprendessem da língua portuguesa, lhes era dado.

Passaram os tempos e veio a liberdade.

Alguns regressaram, convencidos de que agora sim a vida melhorara e os empregos abundavam.

Desiludiram-se rapidamente e alguns regressaram ao estrangeiro, levando novos emigrantes com eles.

Passaram a ser visitados, (julgo eu), por deputados da nação, mais interessados, (digo eu), em garantir os seus lugares de deputados, (e que raio as viagens são agradáveis), do que propriamente em resolverem os seus problemas.

E depois, depois começaram a fechar os consulados tornando a sua vida cada vez mais difícil em relação ao seu país que tanto amam e não querem esquecer.

Lutou-se para que pudessem votar por correspondência, porque se serviam para trazer dinheiro, também não era licito impedir-lhes o escolherem o governo da nação que se ia servindo das suas remessas, (que foram escasseando, é certo), mas não deixavam de entrar no país.

Há uns dias vi na imprensa alguém dos meios financeiros, (não me lembro quem), preocupado com a vinda dos emigrantes este ano, pois não tinham trazido o dinheiro que se estava à espera.

Agora vem esta gente que tem a maioria na Assembleia tentar retirar-lhes a possibilidade de votarem por correspondência sob o estranho pretexto, cito:
«Temos grande expectativa que tenha acolhimento aqui no parlamento, porque vai conferir à eleição para a Assembleia da República uma dignidade acrescida, na medida em que é um acto presencial e as eleições têm que ser presenciais, assumidas directamente pelos eleitores»

Pois bem, digo eu, a dignidade acrescida era os senhores deputados estarem presentes nas sessões da Assembleia, era os senhores deputados votarem leis que não fosse preciso emendar passadas umas semanas, era os senhores deputados falarem dos problemas do país, que vai muito para além de Lisboa e arredores, era os senhores deputados trabalharem qualquer “coisinha”, excepção feita logicamente àqueles que trabalham, mas me parecem bem poucos no cômputo geral.

Fossem os resultados da votação na emigração favoráveis à maioria e nunca se lembrariam da “dignidade acrescida”.

Pobres emigrantes, que para além de estarem longe do que amam, ainda os querem colocar bem mais longe!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Preocupação!!!

Tenho estado aqui a pensar neste assunto da D. Fátima Felgueiras!
O Ministério Público pediu a absolvição em não sei quantos crimes, por falta de provas, ou lá o que é!
Provavelmente os outros todos também serão absolvidos, porque também nada foi provado, como de costume nestes casos!
O que me preocupa é o seguinte:
Será que a D. Fátima vai pedir uma indemnização ao Estado por ter estado "exilada" não sei quanto tempo no Brasil?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Já não há espaço para mais indignação!

Mais 207 reformas milionárias
Dois funcionários dos CTT contam com valores mais altos

O número de beneficiários da Caixa Geral de Aposentações (CGA) com reformas mensais superiores a quatro mil euros, o escalão mais alto para os trabalhadores ligados à Administração Pública, está a revelar um ritmo de crescimento imparável: só entre Janeiro e Outubro deste ano reformaram-se 207 funcionários do Estado com pensões «douradas».
Entre os novos reformados milionários contam-se, a partir de Outubro, João Pedro Barros, Simoneta Luz Afonso e Alfredo Bruto da Costa, presidente do Instituto Politécnico de Viseu, do Instituto Camões e do Conselho Económico e Social, respectivamente, avança o «Correio da Manhã».
Ao todo, segundo os dados da CGA, desde 1997 o universo de indivíduos com reformas superiores a quatro mil euros já aumentou 640%, uma média de 358 novos reformados milionários por ano.
O valor mais alto das reformas não foi atribuído a magistrados ou professores, como é habitual, mas funcionários dos CTT: Francisco Viegas, inspector-geral, vai receber a partir de Outubro uma pensão mensal de 8.093 euros e Elídeo Abreu, especialista em organização receberá uma reforma de 6.109 euros.


In Portugal Diário


Mas será que vivemos todos no mesmo país?

Isto é mesmo aqui em Portugal?

Há um funcionário dos CTT que vai ter uma reforma maior de que o ordenado do Presidente da República?

E não há dinheiro para aumentar as reformas dos que nada têm e “morrem” de fome?

E o que estamos à espera para pôr esta “gajada” toda que manda neste país a banhos nas Berlengas?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Saudosismos realistas???

Seja por causa do final do tempo de férias, seja porque não há maneira de fazer calor a sério, ou por nenhuma razão especifica, dei por mim a pensar nos meus tempos de rapaz, lá para os anos 50/60.

E comecei a lembrar-me de como eram as coisas naquele tempo, o que me levou a reflectir sobre o que é nós andamos a fazer à nossa terra, ao nosso mundo, às nossas vidas.

É que naquele tempo, havia quatro estações do ano bem definidas, que para quem não se “lembre” eram a Primavera, o Verão, o Outono e o Inverno.
O mês de Setembro, era um mês de praia, tão bom como Agosto, ou Julho.
Aliás, nas praias da minha zona as casas em Setembro eram tão caras como em Agosto.
E agora?
Será que não demos cabo do tempo?!

Depois lembrei-me quando andava pelos campos e apanhava a fruta das árvores e a comia mesmo assim, directamente da “produção”!
E tomava banho no rio de águas limpas!
E agora isso é possível?
Fico a pensar que as crianças, os jovens deste tempo já não podem apreciar estas pequenas e simples coisas que sabiam tão bem.

E os animais eram alimentados com os restos da horta, da fruta, comiam no campo, e a carne era saborosa, tenra e raramente tinham doenças.
Os ovos eram amarelinhos, com um sabor intenso.
Ai, aqueles ovos estrelados em azeite bom!!!
E hoje é ração para aqui, hormonas para ali, e aquilo sabe tudo à mesma coisa.
O frango sabe a vaca e a vaca sabe a porco, passe o exagero.
E fico a pensar que os meus filhos já não vão conhecer esses sabores!

E a matança do porco?!
As morcelas, a sopa de morcela, os torresmos, as febras, a fritada, tudo feito no pingo da banha do porco!
Que sabores meu Deus!
E agora?
Agora temos a ASAE, que não dá de comer à gente, mas vai acabando com as coisas boas deste terra porque temos de comer como os ingleses, como os alemães!

E as recordações são um nunca acabar de coisas boas e claro também havia algumas menos boas, como a politica, por exemplo.
Mas agora também, a politica!
As promessas eram tantas…e afinal…
Claro temos a liberdade, podemos escolher quem quisermos!
O problema é que não há nada por onde escolher, digo eu!

Mas ponhamos a politica de lado!

Faz-me impressão que em tão poucos anos, 30, 40, 50, tantas coisas no mundo tenham acabado, tenham sido extintas, desde animais, à própria natureza, às comidas, às tradições.

Faz-me impressão olhar para os meus filhos e perceber que nunca vão experimentar coisas tão boas e simples como eu experimentei, não porque não queiram, ou não gostem, mas porque já não há!

Perdoem-me o saudosismo, mas lá que faz impressão, faz!!!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A Reentrada!!!

Fala-se então agora muito na “reentrada” da política, passadas as férias, como se fosse coisa importante!

Mas realmente, quer os políticos queiram quer não, não há ninguém expectante, à espera de grandes novidades, de surpresas, de rasgos políticos de génio, enfim de uma qualquer mudança que animasse a coisa, que desse aos portugueses a sensação de estarem vivos…politicamente!

O Primeiro Sócrates já falou qualquer coisa, de que retenho a eternidade das palavras, ou seja, o governo fez tudo muito bem feito e todas as críticas que possam ser feitas não são só injustas, são inadmissíveis.

A líder do principal partido da oposição irá falar, parece que neste Domingo, finalmente, mas verdadeiramente ninguém está à espera que saiam dali grandes novidades, projectos ou planos estratégicos que mudem o incrível panorama político do nosso país.

O outro senhor mais à direita também já fez um teatro qualquer do tipo indignado, mas que já constitui uma peça mil vezes ensaiada e repetida até à exaustão.

Depois o grande defensor dos oprimidos, (e por isso mesmo simpatizante das FARC na medida em que estes homens “generosos” vão retirando aqueles que lhes aparecem pela frente das garras do capitalismo), vai dizendo sempre os mesmos lugares comuns, preocupado agora mais com a grande festa e o “pilim” que ela há-de gerar, que com o estado da nação.

E depois vem aquele senhor de voz melíflua, sempre com um ar muito indignado do tipo, “todos me devem e ninguém me paga”, arvorando-se em “puro no meio dos impuros” e que também nada traz de novo ao ambiente do país.

E “prontos” é isto e pouco mais!

Não saímos da cepa torta, o tempo dos grandes tribunos parece ter acabado, e não se vê perfilado no horizonte ninguém que suscite a esperança de mudança, por isso só posso acabar este escrito, (que também não serve para nada), com um velho ditado português:
«Tudo como dantes, quartel general em Abrantes»!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Somos mesmo mal agradecidos!!!


Nós os Portugueses, somos mesmo uns “gajos” mal agradecidos!

Andamos sempre a queixarmo-nos de que estamos atrasados em relação aos outros, que não temos as coisas que os outros têm, que o desenvolvimento é muito maior lá fora, e sei lá mais o quê…

Pois agora que o governo tem feito um esforço para, não fazendo nada, trazer cá para dentro uma criminalidade ao nível dos outros países, é um chorrilho de queixas, de protestos, porque isto está perigoso, porque assim não dá, etc, etc.

Que caraças, agora que estamos a atingir o nível dos outros países, pelo menos numa coisa, devíamos agradecer ao governo e a todos quantos se empenham, ou melhor, não se empenham, para nos darem a alegria de em alguma coisa ombrearmos com os outros países mais desenvolvidos.

Mas não, apenas sabemos criticar, protestar e dizer mal de nós próprios!

Até já se diz para aí que este tipo de crimes não pode ser feito por portugueses!

Que não temos competência para tal, nem os equipamentos exigíveis a tal criminalidade!

Lá estamos nós com a mesma coisa de sempre:
O que vem de lá de fora é que é bom!

Deixemos trabalhar quem trabalha para colocar este país na senda do progresso, no mesmo ritmo de desenvolvimento dos outros, e deixemo-nos de queixas e protestos!

Saibamos apreciar o enorme esforço feito para, pelo menos num assunto, sermos iguais aos outros!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Futebol Clube do Porto


Sou adepto, (ou lá como é que isso se diz), do Futebol Clube do Porto.

Ontem vi o jogo.

Não percebo nada de futebol, mas continuo a dizer o mesmo que já dizia há três anos:

Jesualdo Ferreira não me convence!

Outra coisa intrigante para mim é terem um jogador dispendioso como o Quaresma, que não joga!

Para além de ser um "bem patrimonial" que não rende, ainda está a "depreciar-se" nas suas qualidades de jogador, baixando assim o valor da sua possível transferência.

Isto para falar em termos "financeiros", o que muito me desagrada quando falamos de pessoas!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

E não se pode mandar calar esta gente!

Na Quarta feira, estava a ver um qualquer programa de televisão sobre os Jogos Olímpicos de Pequim, onde um conhecido jornalista, (de quem não lembro o nome), trocava opiniões com Marco Fortes, (o tal atleta que gosta da caminha), outro senhor que não sei quem era e a D. Odete Santos.

Perante uma qualquer intervenção que falava do Tibete e da falta de liberdade, etc, a D. Odete saiu-se com esta, com mais ou menos estas palavras:
- Toda agente já sabe que o Dalai Lama é o chefe de uma clique de terroristas que torturavam e cortavam braços aos camponeses!
Perante o espanto do “jornalista” que timidamente ensaiou uma intervenção do tipo:
- Isso não é bem verdade…
D. Odete retorquiu de imediato:
- São historiadores que dizem!
O tal jornalista mais timidamente ainda, que a D. Odete não é para brincadeiras, perguntou:
- Historiadores?
E logo D. Odete:
- Sim historiadores da internet! É ir ver à internet!

Brilhante não vos parece?

Depois da “democracia” da Coreia do Norte, da “bondade” das FARC e sei lá mais o quê, temos o Dalai Lama como chefe de uma clique de terroristas!!!

Mas o pior disto tudo é que a D. Odete é figura requisitada na televisão para comentar, opinar, dizer coisas, sobre a actualidade, seja ela qual for, porque realmente esta gente sabe de tudo, até de pasteis de nata, como eu costumo dizer!

Parados no tempo, desejosos de uma qualquer ditadura do “proletariado”, que seriam eles claro, ainda são apesar de tudo ouvidos nos seus delírios “revolucionários”.

E não se pode mandar calar esta gente!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

"Semos" os melhores!!!


Era a maior representação olimpica de Portugal!
Eram os melhores atletas e desta vez é que era, vinhamos carregados de ouro, prata e bronze!
Era uma preparação óptima e estavam todos na sua melhor forma!
E afinal...
O clima, os árbitros, o sol, a lua, a chuva, a humidade, e o raio que os parta, e tudo e mais alguma coisa, juntaram-se para lixarem os atletas portugueses, coitados!
Até a "nossa" Vanessa, que ganhou mais vezes aquela prova que qualquer outra atleta, acabou por ficar em segundo!
Parabéns de qualquer modo!
Assim já temos uma medalha, como alguns paises com nomes estranhos que eu nem sabia que existiam!
E o senhor lá do comité olimpico português, que já lá está "desde que há olimpiadas", ainda se vai recandidatar?
Bem, vou comer um Chop Suoy com arroz Chau Chau, para amenizar a coisa!
Ai, tanto dinheirinho gasto!!!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Divorcia-te, mas paga...


Divórcios causam calotes de 800 milhões à banca
Por cada 100 casamentos celebrados, 48 acabam em divórcio

Os divórcios são responsáveis por um terço do incumprimento à Banca em Portugal.
Olhando para o valor do total do crédito malparado nos primeiros cinco meses do ano, 2,59 mil milhões de euros, o fim do casamento responde por mais de 800 milhões de euros de dívidas incobráveis, o que representa mais de dois milhões de euros por dia, avança o «Correio da Manhã».
Em 2006, data dos últimos dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), foram decretados 23.935 divórcios.
Isto significa que por cada 100 casamentos celebrados 48 acabam em divórcio. Uma taxa que afasta as empresas de seguros de protecção de crédito de um nicho de mercado significativo.
«O risco é muito elevado», diz o director-geral da Genworth Financial, Luís Marques.
«Um terço do incumprimento à Banca é por motivos de divórcio e os outros dois terços são devidos ao desemprego, a doença», e outras situações, resume o executivo, «a doença é a que apresenta menor risco» às seguradoras.
Do "Portugal Diário"
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Oh caraças, os "gajos" não se lebraram disto quando fizeram a lei para "agilizar" o divórcio!
Bem se isto também se passar ao nível dos impostos, ainda vamos ter uma lei ao contrário, ou seja, a proibir os divórcios, ou no mínimo a terem de pagar os impostos antes do divórcio, sem o que, o mesmo não lhes será concedido.
Fiquemos também à espera de que a banca venha agora inventar uma "taxa de risco de divórcio" a aplicar a todos os empréstimos feitos a casais legalmente constituidos!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Um pouco de coragem, precisa-se!


Pequim 2008: China vai censurar Internet utilizada pelos media estrangeiros

A China vai censurar a Internet utilizada pelos media estrangeiros durante os Jogos Olímpicos de Pequim, indicou hoje um responsável do comité de organização, recuando numa promessa de garantir liberdade total aos media durante o evento.

No Publico



De um modo geral, os jornalistas são muito rápidos a noticiar e a indignarem-se com as faltas de liberdade, sobretudo ao exercício da sua profissão.
O que eu acho muito bem, diga-se de passagem, desde que realmente haja razões verdadeiras para isso.
Ora este caso relatado não oferece margem para dúvidas, pois é um responsável do comité da organização dos Jogos Olímpicos que o confirma.
Então o que estão à espera os jornalistas, todos os jornalistas, para se indignarem e tomarem a única atitude correcta:
Fazerem saber à organização dos Jogos Olímpicos que se não lhes derem liberdade de acesso ao seu trabalho, mormente o acesso à internet, não colocarão “os pés” em Pequim, e eles que fiquem a falar sozinhos!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Portugal, sempre!

Há uns tempos que venho debatendo um assunto sobre a guerra do Ultramar, (na qual estive), em que uns defendem que a mesma estava perdida militarmente à data do 25 de Abril, e outros, nos quais me incluo, afirmam o contrário, ou seja, que a guerra não estava perdida militarmente àquele tempo, mas que sim, estaria perdida mais tarde ou mais cedo porque são guerras que não se ganham, por causa da politica, porque são contra os ventos de mudança, e assim deve ser.
Mas ao debater este assunto, logo me veio outro ao pensamento, que é esta atitude quase nacional de nos menosprezarmos, de nos achincalharmos, de nos diminuirmos perante os outros, como se tivéssemos vergonha do nosso passado, da nossa história.
Portugal é, ao que sei, o país mais velho da Europa com as suas fronteiras definidas.
Tem uma história rica, riquíssima, a todos os níveis.
Fundou-se pela força de um homem, D. Afonso Henriques, alicerçada na vontade dum povo que já se identificava com uma nacionalidade.
Vencemos tudo e todos, a maior parte das vezes sozinhos contra inimigos bem mais poderosos e chegámos a dividir o mundo em duas partes com a nossa vizinha Espanha.
E nós Portugueses, continuamos hoje em dia muitas vezes a tentar demonstrar que não foi bem assim, que o mérito não é nosso, que as coisas não se passaram assim, que até nem tivemos valor nenhum e até pedimos desculpa pela nossa história.
Até já se fez um filme sobre as “derrotas” portuguesas, mas não se fez nenhum sobre as vitórias, sobre a gesta heróica deste povo.
Parece que temos medo, vergonha, do que os outros pensam de nós, e a todo o momento tentamos justificar as nossas atitudes, com o politicamente correcto, e tentamos imitar os outros, quando afinal nós temos uma identidade própria.
E esta atitude, este desânimo vai-se instalando e tomando conta das pessoas, porque se vai reflectindo no Estado, na governação.
Em vez de tentarmos corrigir o que está errado, tentamos mostrar com estatísticas um hipotético sucesso, apenas para mostrar aos outros que afinal “somos bons” e estamos bem.
Ouvia há uns tempos uma palestra do Dr. Paulo Teixeira Pinto em que este dizia que há três maneiras de mentir:
Uma é mentir, faltar à verdade, outra é omitir a verdade e a outra é fazer estatísticas.
Assim estamos nós.
As notas não são boas a matemática? Façam-se as provas mais simples e as estatísticas demonstrarão que melhorámos.
Há muitos acidentes rodoviários e a culpa é muitas vezes das estradas? Coloquem-se traços contínuos em rectas de 5 Kms, coloquem-se restrições de velocidade, tipo 40Km/H que ninguém pode cumprir, coloquem-se semáforos que acendem o encarnado ao mínimo movimento do veículo e que portanto ninguém obedece, e assim nas estatísticas aparecerá a culpa do condutor e não das estradas.
Não há bons serviços de saúde?
Façam-se estatísticas que provem que afinal os doentes não são doentes, mas apenas “gente chata” que não tem mais que fazer.
Há gente que não tem que comer e tem fome? Façam-se estatísticas de quantos recebem o Rendimento Social, ou lá como é que isso se chama, para provar que tudo está controlado.
Há gente que não tem emprego? Façam-se estatísticas aproveitando as sazonalidades para provar que afinal o desemprego até está a diminuir.
E por aí fora!
E depois?
Depois os cidadãos ficam iguais ao Estado e também querem mostrar aquilo que não são.
Trabalhamos mais do que o normal, tirando tempo à família, aos filhos, apenas para termos aquilo que muitas vezes já não é necessário, mas o vizinho tem.
Endividamo-nos para ter igual ao vizinho ou melhor, até para mostrarmos que somos bem mais sucedidos.
Vamos para férias distantes em lugares exóticos, comprometendo o orçamento familiar, mas mostrando aos outros que também somos “gente”.
Dizemos lugares comuns, porque toda a gente diz e fica bem.
Alegramo-nos porque há “gajos” que aos chutos numa bola ganham mais num mês do que aquilo que nós havemos de ganhar uma vida toda a trabalhar.
E tantas coisas mais!
Lembram-se da frase que para mim foi terrível:
«Somos os bons alunos da Europa!»
Que é esta merda?
Bons alunos?
Ou fazemos ou não fazemos, ou temos gente que nos governe ou temos gente que se governa, agora alunos!?
Reparem nos debates na Assembleia:
Mas aquilo tem alguma coisa a ver com governar ou fazer oposição?
Aquilo tem a ver com orgulho, estúpido e irracional, de quem manda e de quem quer mandar.
Tudo o que o Governo faz está errado! Tudo o que a oposição diz não serve para nada! É isto que sai daquelas intermináveis discussões, por vezes, muito mal educadas.
Os gajos sentem-se insultados?
Insultados somos nós que os lá colocamos para os gajos se servirem, se armarem em importantes, para pensarem e se arvorarem em “patrões”!
Mas afinal quem é aqui o “patrão”?
Somos nós, os Portugueses, ou não?
Não, não somos, porque vamos permitindo que tudo façam, vamos permitindo que digam mal de nós como povo, e nós próprios nos vamos diminuindo nas conversas, nos confrontos, nas comparações!
Temos de acordar, a história espera por nós!
Estamos cansados da história ou apenas não somos capazes de reagir?
Não, não é pelo futebol, nem pelas estatísticas que seremos reconhecidos, mas pela vontade indómita de um povo que se fez a si próprio, que se mostrou ao mundo, e que pode voltar a mostrar a tempera dos Portugueses se nos deixarmos de imitações, de “politicamente correctos”, de invejas de vizinhos, para traçarmos o nosso caminho, com os outros, mas com a nossa identidade.
E não me venham com a história de que isto é discurso nacionalista, ou quejando, porque não é disso que se trata, mas sim de assumirmos que somos um povo e que podemos, se quisermos!
Não me venham com frases feitas, importadas de outras culturas!
Nós somos nós e é connosco que temos de construir Portugal!
Não temos que nos preocupar com coisas paralelas, como o tabaco e tanta merda que se discute que será importante, é certo, mas ainda não é relevante quando há portugueses sem emprego, sem casa, sem comida.
Chega de dizer mal de nós próprios e de permitirmos que os governos e as oposições façam de nós “coitadinhos”!
Chega de ver um país verde, lindo, “escortanhado” de obras de fachada, como as auto-estradas e tantas outras “obras”.
Sejamos dignos da história que nos precede e fez de Portugal um país que tem uma história que se confunde em muito com a história do mundo, no penúltimo milénio da nossa era.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Se o ridículo matasse!!!

OFICIAL: recurso de Benfica e Guimarães recusado, Porto na Champions
Decisão do Tribunal Arbitral de Desporto foi tomada de madrugada
É oficial a decisão do Tribunal Arbitral de Desporto, que recusou o recurso de Benfica e V. Guimarães contestando a admissão do F.C. Porto na Liga dos Campeões. Esta era a última instância desportiva, pelo que na prática significa que os «dragões» irão jogar a «Champions».
in Portugal Diário
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É espantoso até onde chega a influência do homem, (leia-se Pinto da Costa)!
Nada se decide neste mundo sem que seja do agrado do homem.
O Obama que se cuide, pois se quer ganhar as eleições nos EUA é melhor fazer-se sócio do FCP!
Quanto aos "queixinhas":
Se o ridículo matasse!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Ainda a libertação de Ingrid Betancourt e o PCP

Cuba
Herói das Farc, Fidel 'condena' sequestros
Com Agência Reuters
O ex-ditador cubano Fidel Castro é a principal inspiração das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) -- o grupo terrorista tomou as armas em seu país com o objetivo de derrubar o governo e, assim como Fidel, instalar um regime socialista no vizinho sul-americano.
Na quinta-feira, contudo, Fidel disse condenar os métodos dos seus seguidores (apesar de seu governo já ter adoptado as mesmas práticas contra os inimigos políticos).
Fidel, longe do poder desde que ficou doente há quase dois anos, escreveu em um texto publicado na noite de quinta pelo site estatal Cuba Debate (www.cubadebate.cu) que Cuba "apoia o processo de paz na Colômbia há mais de vinte anos", e que os atos dos terroristas não são justificáveis. Ele se disse feliz com a libertação da política franco-colombiana Ingrid Betancourt, resgatada pelas tropas do país depois de seis anos no cativeiro das Farc.
"Pelo elementar sentimento de humanidade, nos alegrou a notícia de que Ingrid Betancourt, três cidadãos americanos e outros foram libertados", escreveu o cubano. "Eles nunca deveriam ter sido sequestrados os civis, nem mantidos como prisioneiros os militares nas condições da selva. Eram factos objectivamente cruéis. E nenhum propósito revolucionário poderia justificá-lo", disse Fidel, cujo regime caçou e executou dissidentes durante décadas.
Revista Veja
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Caríssimos camaradas do PCP
Escrevo-vos indignado, triste, estupefacto!
A menos que a noticia acima seja mais uma invenção do “imperial-capitalismo”, temo pela saúde mental do nosso glorioso camarada Fidel, que afastado do poder dever ter sido sujeito a torturas inomináveis para proferir tais afirmações.
A luta pela liberdade, pela democracia, pelos direitos humanos sempre invioláveis, que é a matriz de todo o nosso movimento revolucionário, e que as FARC tão puramente defendem e são exemplo constante a seguir, e que tem exemplo concreto nos anos em que a mãe Rússia, foi governada pelo nosso sempre amado, glorificado, exaltado camarada Staline, não pode parar e continuará estou seguro, pelas vossas mãos, pelas vossas vidas tão desinteressadas de outras coisas que não seja o bem estar do povo.
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Para continuar a ler o resto deste texto aceder a Notas Soltas, Ideias Tontas, que com amizade o quis publicar em Notas Emprestadas.