Quem aqui me visita, já percebeu com certeza, que estou praticamente na casa dos sessenta anos, e que sou um pouco conservador, embora de espírito aberto que não recusa apreciar, analisar e até aceitar muitas coisas, ditas modernas.
Há no entanto algo que eu julgo ser intemporal, ou seja, que ficava bem antes, fica bem agora, e há-de ficar bem no futuro.
Esse algo é a educação com que nos comportamos em sociedade, uns com os outros.
E se há normas, digamos básicas, como o respeito que cada um nos deve merecer, se há uma ética e uma moral transversal a toda a humanidade que devemos preservar e adoptar de modo a não “sermos confundidos” com o reino animal irracional, há também normas de conduta que vêm de longe e se vão perdendo, a meu ver infelizmente.
Vem isto a propósito daquilo que venho observando há muito tempo, sobretudo nos mais jovens, que não apenas adolescentes, mas também adultos na casa dos vinte ou trinta anos.
Serão normas de conduta imprescindíveis para a vida humana?
Não são com certeza, mas tornam-na mais agradável, mas simpática, mais acolhedora.
Refiro-me ao seguinte:
Outro dia, sentado num restaurante à espera que me trouxessem o almoço que já tinha encomendado, ia reparando nas pessoas que entravam na sala e naquelas que já estavam à mesa a comer.
Um casal jovem, entre os vinte cinco e os trinta anos estava a entrar no restaurante.
Rapidamente ele tomou a dianteira, abriu a porta e entrou sem sequer olhar para trás, nem se preocupar se a porta batia na sua acompanhante, ou não.
Dirigiu-se a uma mesa e sentou-se de imediato no, digamos, lugar melhor, ou seja aquele que está voltado para a sala.
Ela sentou-se de costas para a sala, sem um qualquer gesto da parte do acompanhante.
Ele pegou na ementa, leu, releu e escolheu e só depois a passou à sua companheira de mesa.
E depois, bem, e depois os modos, (dos dois), de comer, de beber, de boca aberta, falando com a boca cheia, foram de tal modo que eu estava à espera do arroto final.
Há pois, era gente sem educação, sem escola, etc, etc!
Não, não eram, era gente de gravata, de roupa da moda, gente que se percebia terem um bom emprego e muito provavelmente um curso dito superior.
Ah, mas eram caso único!
Não, não eram, pois a maioria daqueles que ali estavam, e não só ali mas em tantos sítios por onde passo, portavam-se da mesma maneira e alguns até com uma certa arrogância nesses mesmos modos.
Sim, já sei que não é imprescindível para a vida do dia a dia, mas que as normas de conduta, ditas de boa educação, a que estávamos habituados, tornavam a vida mais bonita, mais simpática e melhor de viver, disso não há dúvidas nenhumas.
E esta forma de comportamento está rapidamente a alastrar-se, e é pena, porque os portugueses até eram gente com muito bons modos, atitudes e educação no seu viver do dia a dia, fosse a que “nível” fosse.
Enfim, preocupações de velho, que se calhar a ninguém interessam.
Há no entanto algo que eu julgo ser intemporal, ou seja, que ficava bem antes, fica bem agora, e há-de ficar bem no futuro.
Esse algo é a educação com que nos comportamos em sociedade, uns com os outros.
E se há normas, digamos básicas, como o respeito que cada um nos deve merecer, se há uma ética e uma moral transversal a toda a humanidade que devemos preservar e adoptar de modo a não “sermos confundidos” com o reino animal irracional, há também normas de conduta que vêm de longe e se vão perdendo, a meu ver infelizmente.
Vem isto a propósito daquilo que venho observando há muito tempo, sobretudo nos mais jovens, que não apenas adolescentes, mas também adultos na casa dos vinte ou trinta anos.
Serão normas de conduta imprescindíveis para a vida humana?
Não são com certeza, mas tornam-na mais agradável, mas simpática, mais acolhedora.
Refiro-me ao seguinte:
Outro dia, sentado num restaurante à espera que me trouxessem o almoço que já tinha encomendado, ia reparando nas pessoas que entravam na sala e naquelas que já estavam à mesa a comer.
Um casal jovem, entre os vinte cinco e os trinta anos estava a entrar no restaurante.
Rapidamente ele tomou a dianteira, abriu a porta e entrou sem sequer olhar para trás, nem se preocupar se a porta batia na sua acompanhante, ou não.
Dirigiu-se a uma mesa e sentou-se de imediato no, digamos, lugar melhor, ou seja aquele que está voltado para a sala.
Ela sentou-se de costas para a sala, sem um qualquer gesto da parte do acompanhante.
Ele pegou na ementa, leu, releu e escolheu e só depois a passou à sua companheira de mesa.
E depois, bem, e depois os modos, (dos dois), de comer, de beber, de boca aberta, falando com a boca cheia, foram de tal modo que eu estava à espera do arroto final.
Há pois, era gente sem educação, sem escola, etc, etc!
Não, não eram, era gente de gravata, de roupa da moda, gente que se percebia terem um bom emprego e muito provavelmente um curso dito superior.
Ah, mas eram caso único!
Não, não eram, pois a maioria daqueles que ali estavam, e não só ali mas em tantos sítios por onde passo, portavam-se da mesma maneira e alguns até com uma certa arrogância nesses mesmos modos.
Sim, já sei que não é imprescindível para a vida do dia a dia, mas que as normas de conduta, ditas de boa educação, a que estávamos habituados, tornavam a vida mais bonita, mais simpática e melhor de viver, disso não há dúvidas nenhumas.
E esta forma de comportamento está rapidamente a alastrar-se, e é pena, porque os portugueses até eram gente com muito bons modos, atitudes e educação no seu viver do dia a dia, fosse a que “nível” fosse.
Enfim, preocupações de velho, que se calhar a ninguém interessam.
7 comentários:
estivestes bem na tua analise.
sabes do que eu gosto, daqueles senhores das aldeias, pelo menos lá na minha, que apresentam-se ao domingo com o seu fato e o seu chapéu, na presença de uma senhora tiram-no, sabem o que dizem, na sua cultura popular, tendo sempre uma postura irrepreensível.
Outros tempos outra maneiras.
Meu caro, devemos tratar uma senhora com trato fino e educado ... quando ela o é ou credora de semelhante postura. Pelos vistos, e aqui, o testo e a panela estavam feitos um para o outro ... detesto gente que mastiga de boca aberta, por exemplo ...
De qualquer modo, ao dito cujo energúmeno ficaria sempre bem um gentil gesto!
POST SCRIPTUM - Em jeito de remoque ... pega lá, ó Platini, três para abrir (mas, meu caro amigo, temo que a jogarmos assim não cheguemos para Arsenais ou Dínamos ...).
Também eu Tiago, também eu...
Claro Ferreira-Pinto, só que muitas vezes elas também não são, porque os energúmenos que as acompanham nem saberiam o que fazer.
Continuo a dizer que o Jesualdo não me convence...
Caro lusitano,
não são preocupações de velho, são preocupações de quem ainda preserva a educação, a honestidade e o amor ao próximo, valores que se têm vindo a perder nesta sociedade moderna.
Um abraço
Ana Martins
Sim tens razão, não são preocupações de velho, pois deviam ser de toda a gente, sobretudo desde o berço.
Abraço.
Acredito, sem a minima dúvida, infelizmente, Carol!
E se professoras do 1º ciclo assim fazem o que é que passam às crianças em termos de comportamentos sociais?
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