Existem, a meu ver e sem qualquer intuito "científico-jurídico-filosófico", vários tipos de justiça, dos quais saliento, porque mais comuns, a “justiça das leis”, a “justiça dos media” e a “justiça da opinião pública”, esta última a maior parte das vezes sob influência da segunda.
Perante esta observação, que repito nada tem de “científico”, mas de constatação quotidiana, vem à minha mente algumas perguntas inquietantes.
Se fosse George Bush e não Bill Clinton a ser “apanhado” no quarto da fotocópias com uma tal Mónica “não sei quantas”, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?
Se o problema da licenciatura se passasse com Pedro Santana Lopes e não com José Sócrates, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?
Se fosse Carmona Rodrigues em vez de António Costa, a pedir um empréstimo de “não sei quantos” milhões de euros para sanear a Câmara de Lisboa, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?
Se fossem o “Zé dos anzóis” e o “Manuel das Couves”, em vez do Carlos Cruz e do Paulo Pedroso a estarem envolvidos no caso “Casa Pia”, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?
Se fosse o “Toino dos pregos”, filho do “Alberto dos pregos”, em vez do Filipe Jardim Gonçalves, filho do Jorge Jardim Gonçalves a dever uns milhões ao banco, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?
Perante esta observação, que repito nada tem de “científico”, mas de constatação quotidiana, vem à minha mente algumas perguntas inquietantes.
Se fosse George Bush e não Bill Clinton a ser “apanhado” no quarto da fotocópias com uma tal Mónica “não sei quantas”, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?
Se o problema da licenciatura se passasse com Pedro Santana Lopes e não com José Sócrates, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?
Se fosse Carmona Rodrigues em vez de António Costa, a pedir um empréstimo de “não sei quantos” milhões de euros para sanear a Câmara de Lisboa, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?
Se fossem o “Zé dos anzóis” e o “Manuel das Couves”, em vez do Carlos Cruz e do Paulo Pedroso a estarem envolvidos no caso “Casa Pia”, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?
Se fosse o “Toino dos pregos”, filho do “Alberto dos pregos”, em vez do Filipe Jardim Gonçalves, filho do Jorge Jardim Gonçalves a dever uns milhões ao banco, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?
E por aí fora...
4 comentários:
Se?
Ora, então vamos lá ...
Se Bill Clinton tivesse tido os problemas de alcoolismo e as negociatas com os Bin Laden e Saddam que os Bush tiveram o que diriam dele?
Se José Sócrates tivesse mandado ou permitido que insinuassem que Santana Lopes era homossexual e que andava com Diogo Infante o que diriam dele?
Se António Costa tivesse delapidado e esturrado milhões e tivesse avenças com "socialites", o que diriam dele?
E se em vez do Paulo Pedroso alguém tivesse bufado o nome de Paulo Portas na processo da Casa Pia, o que se diria e o que se faria?
Como se vê, inventar e manipular é conforme se quer.
Já Emídio Rangel dizia que a SIC tanto elegia um Presidente da República como vendia um sabonete!
Sinceramente se calhar nem teríamos tido conhecimento das coisas e se calhar nem tinha escrito este texto.
Correcta analise da situação.
Caro quintarantino
O teu comentário vem dar força àquilo que afirmo no meu texto, não é verdade?
Reportando-me apenas aos nomes que eu coloquei e tu muito bem deste a volta, deixa-me apenas dizer, que tanto o Bush, como o Santana Lopes, o Carmona Rodrigues e o Paulo Portas tiveram e ainda têm a sua dose de leão na "justiça dos media" e na "justiça da opinião pública".
Abraço
Caro Tiago
Nuns casos sim e noutros não, ou seja, nuns a "justiça das leis" tinha resolvido e nem se tinha ouvido falar, noutros a "justiça dos media" e a "justiça da opinião pública" não se tinham calado e a "justiça das leis" se calhar nem tinha funcionado.
Foram estes casos, mas podiam ser outros quaisquer, sem partido, nem outras conotações...
Abraço
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