terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Educação?...

Ontem tive uma reunião com a professora do meu filho mais novo, que anda no 4º ano, (para os da minha idade 4ª classe).
Estava preocupado com o desempenho dele e com a aproximação das “provas de aferição”, acho que é assim que se chama.
É uma professora jovem, dinâmica e de quem os miúdos gostam muito, embora seja muito exigente.
Duas coisas me saltaram à vista:
1 – Ela própria confessou que não consegue perceber muito bem o que anda a fazer, digamos assim.
Os programas mudam, os critérios mudam, as avaliações mudam, da noite para o dia e os professores sentem que não têm uma linha de rumo.
Ao que percebi a “famosa” avaliação aos professores passa por se saber quantos alunos dos professores estão em risco de “chumbar”, pelo que, logicamente não está nenhum nesse risco!!!

2 – Apesar de jovem e de outros professores serem jovens como ela, também pensam que uns “examezitos” de vez em quando, à maneira antiga, não faziam mal nenhum e sempre iam aferindo melhor se os estudantes estavam aptos a passarem de ano, ou apenas o fazem para estatística.

Sei que há umas tais de ciências da educação e que até há gente licenciada nessas coisas.
Eu francamente não percebo nada disso, mas que isto da educação está um caos e uma desgraça, lá isso sei e não preciso de nenhum curso para o constatar.
Parece que não tem importância nenhuma, mas a verdade é que estamos a hipotecar o futuro destes jovens, que serão forçosamente o futuro do país.

2 comentários:

quintarantino disse...

Eu também sou a favor de exames nacionais, conquanto os mesmos só incidissem sobre matéria curricular, fossem escritos e feitos por pessoas de bom senso e que soubessem escrever e, finalmente, não contivessem erros!

Enquanto assim não suceder ou são os professores que na escola não sabem ensinar ou são os correctores dos exames que são muito exigentes.
Vejam-se as discrepâncias entre avaliações efectuadas na escola e nos exames nacionais.

A treta da escola inclusiva (e eu friso bem que quem a "inventou" não foi a Maria de Lurdes Rodrigues) deu cabo disto tudo.

E anos e anos de laxismo consentido pelo Ministério da Educação aos sindicatos e aos professores, aos alunos e a alguns prepotentes que pululam e campeiam em conselhos executivos e nas Direcções Regionais de Educação.

Qualquer gajo fazia um mestrado e chegava ao topo da carreira assim, num instante. A ganharem pequenos balúrdios e a acumularem descaradamente.
Essa é que é essa!

Veio agora esta senhora com vontade de reformar e atira aos pombos com tiro de canhão! Está bem, está.

Joaquim Alves disse...

Realmente em matéria de educação, não se vislumbra nenhuma luz ao fundo do tunel...
Não há uma linha de rumo...o que este ano é "bom", para o ano já não serve, quando não é no mesmo ano...