Lá longe morre alguém
todos os dias…
Lá longe, mais longe
que o Sol,
e que a vista alcança…
Lá longe, mais longe
onde a memória
se chama esperança…
Lá longe,
mais longe onde a minha Pátria
se cobre de vergonha…
Lá longe, tão longe
morre um povo,
feito no erro dos homens…
Lá longe, tão longe
onde a brisa do vento,
sussurra o esquecimento…
Lá longe, tão longe
onde toda a vida,
pode ser um só momento…
Lá longe, tão longe
onde a palavra aprendida,
se chama saudade…
Lá longe, tão longe
onde a palavra a aprender
se reclama liberdade…
Lá longe
e no entanto tão perto,
onde a vida de dor
se chama Timor…
04.12.1991
Escrevi isto naquele tempo.
Ainda será actual?
3 comentários:
excelente...
Pois parece que as coisas não mudam, alguns continuam a não saber conviver com a liberdade e a democracia...
Sinceramente não compreendo porque persistem em querelas intestinas que a nada levam. E depois o maldito petróleo talvez esteja mais a desajudar que ajudar. Digo eu.
Caros tiago e quintarantino
Realmente e depois das noticias de hoje sobre o substituto do major rebelde, não me parece que estejam a encontrar a paz.
Pobre povo que tanto sofre...
Abraço
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