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O companheiro de partido e amigo mais chegado, com um ar espantado, dizia:
- Ó Zé, desculpa lá mas essa de uma das nossas prioridades ser o casamento gay, não consigo entender. Então a nossa prioridade não devia ser enfrentar a crise e o défice das contas públicas?
O Zé, tentando manter a calma, disse com voz baixa para não denotar a irritação que a intervenção do outro lhe tinha causado:
- Gaita, será que eu tenho de explicar tudo? Será que vocês não são capazes de pensar com as vossas cabeças? É demais caramba!
Tomando fôlego, continuou:
- Está-se mesmo a ver, que aprovada a lei dos casamentos gay, esse pessoal vai todo a correr para as Conservatórias para finalmente usufruírem daquilo que tão duramente conquistaram. Vocês já perceberam bem a quantidade de casamentos gay que vão acontecer, e os valores que os cofres do Estado vão receber em taxas, emolumentos e por aí fora? Não é preciso fazer-vos um desenho, pois não?
Emudecidos com tal clarividência, “les compagnons de route”, quedaram-se silenciosos, admirados mais uma vez com a sagacidade do seu chefe.
- Ó Zé, desculpa lá mas essa de uma das nossas prioridades ser o casamento gay, não consigo entender. Então a nossa prioridade não devia ser enfrentar a crise e o défice das contas públicas?
O Zé, tentando manter a calma, disse com voz baixa para não denotar a irritação que a intervenção do outro lhe tinha causado:
- Gaita, será que eu tenho de explicar tudo? Será que vocês não são capazes de pensar com as vossas cabeças? É demais caramba!
Tomando fôlego, continuou:
- Está-se mesmo a ver, que aprovada a lei dos casamentos gay, esse pessoal vai todo a correr para as Conservatórias para finalmente usufruírem daquilo que tão duramente conquistaram. Vocês já perceberam bem a quantidade de casamentos gay que vão acontecer, e os valores que os cofres do Estado vão receber em taxas, emolumentos e por aí fora? Não é preciso fazer-vos um desenho, pois não?
Emudecidos com tal clarividência, “les compagnons de route”, quedaram-se silenciosos, admirados mais uma vez com a sagacidade do seu chefe.
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12 comentários:
Porque será que Sócrates está realmente tão interessado?
Apesar da explicação do Zé, preciso de desenho para tentar perceber... Será que...?
Não entendo o raio do interesse, mas acho ainda mais lamentável o tipo de insinuação torpe que se encontra no comentário anterior!
Caro A. João Soares
Está interessado, julgo eu, porque acredita que a assunção dessa "prioridade" lhe trará votos à esquerda e até à direita.
A verdade é que não é isso que resolverá os problemas do país e é apenas fumo lançado para desviar as atenções da incompetência nos assuntos que realmente interessam.
Quanto à insinuação que faz, tenha paciência mas não entro por aí.
Cada um vive a vida como quer, desde que respeite os outros e há coisas demasiado intimas sobre as quais não devemos levantar atoardas sem a certeza do que dizemos.
Eu sei que não gostava que levantassem tal suspeita sobre mim, por isso também não o faço aos outros.
Abraço amigo.
Caro Ferreira Pinto
Como sabes muito bem e até melhor do que eu, o que conta são os votos e é disso que se trata e mais nada.
Afinal o Sapatero ganhou novamente as eleições e fez aprovar essa lei.
Quanto ao resto está respondido como podes ler.
Abraço amigo.
LUSITANO, meu caro e ilustre amigo, bem sei que os votos é que são a substância da política mas, e deve ser por isso que estou condenado a manter-me na humildade do anonimato ou, quando muito, um mero eleito na minha freguesia, há coisas bem mais importantes neste momento!
Paralelamente, Zapatero, ao que julgo saber, sempre assumiu a sua posição de forma clara e não andou como Sócrates a navegar à vista!
Quanto à posição que tomaste a propósito daquela insinuação, apenas assinalo que é por isso que te leio com imenso prazer.
Uma coisa é não concordar com as pessoas e aquilo que pensam e fazem, outra bem diversa é este tipo de atoarda sem rosto e que está a fazer novamente escola em muitos meios, nomeadamente a blogosfera.
Não entendo como podem alguns apregoarem-se defensores das virtudes públicas e depois recorrerem à mais torpe das armas.
Podiam, ao menos, pensar que as pessoas têm família!
Se lhe chamar outra coisa qualquer, num referendo terá o meu voto, ou fora dele o meu apoio, se lhe chamar casamento contará com a minha oposição, e defendo que a Direita uma vez que regresse ao poder promova um referendo.
Sou totalmente a favor do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
Caro Ferreira Pinto
É verdade o que dizes em relação ao Zapatero e a troca do S pelo Z, não foi voluntária, mas não estive para ir ver como se chamava o homem.
Abraço
Caro António de Almeida
Também concordo que arranjem uma qualquer fórmula de contrato para essas uniões, agora chamar-lhe casamento, não!
Abraço
Caro Tiago
É como digo no comentário anterior, tudo bem, desde que não lhe chamem casamento.
Abraço.
Ninguém dá ponto sem nó...
Cumprimentos do Réprobo
AP
Obriagdo pela visita.
Abraço
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