sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Que sociedade estamos a construir...

Roupa é o principal motivo de chacota na escola

Um em cada dois alunos portugueses (51 por cento) diz que os colegas de escola são gozados pela roupa que usam e 36 por cento por diferenças na aparência física, como o peso, segundo um estudo do Bristish Council.

Portugal Diário


Vive-se cada vez mais de aparências e está a passar-se essa “cultura” aos jovens.
As famílias cada vez se endividam mais e infelizmente não é por necessidades primárias, mas sim por “luxos” secundários.
Deve-se a casa, deve-se o carro, (que deve ser BMW ou parecido), deve-se a televisão e respectivos componentes, (que devem ser das melhores marcas), devem-se as férias, (que devem ser nos sítios da moda, no Inverno e no Verão), devem-se as roupas, (que têm de ser de marca e bem visível), enfim deve-se tudo, “empandeira-se em arco” com o ter, e “ninguém” se preocupa com o ser.
E os jovens vão aprendendo esta maneira de “viver” e vivem também já eles de aparências.
E o pior é que tudo isto se reflecte nas relações sociais entre eles, como se vê na noticia acima e eu confirmo, porque assisto a isso diariamente no colégio dos meus filhos.
Que sociedade estamos nós a construir?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

"Caloteirices"...

- É pá, disse ele, isto é indecente, virem mexer no passado e acusarem-me de coisas que não estão provadas, e que são apenas suspeitas!
- Pois, diz-lhe o outro, mas quando trabalhavas no jornal fazias isso todas as semanas!
- Ó pá era diferente. Eu então era jornalista, e isso fazia parte da minha profissão. Era preciso denunciar as coisas que eram suspeitas.
Agora não, pá, somos políticos. Não podemos usar estas palavras, como calotes, etc.
- Mas olha lá, tu também falaste em calote!
- Foi diferente, porque estava a referir-me ao facto político.
- Mas o gajo quando falou em calotes também estava a falar daquilo que terias feito quando estavas no governo.
- Mas é diferente, digo-te eu, porque ele está no governo e não pode usar estas expressões para com a oposição!
- Ok, deixa-me ver se entendi. Tu na oposição podes dizer que o gajo é caloteiro referindo-te ao “facto politico”, mas o gajo como está no governo não pode dizer que tu foste caloteiro, quando eras governo.
Entendi perfeitamente!!! Ora abóbora!!!
- Tu não entendes porque não percebes nada destas subtilezas da politica!
Vou pôr um processo ao gajo, por causa das coisas.
- É pá, mas isso não vai dar em nada!
- Pois não, mas enquanto falam no processo pode ser que se esqueçam do resto!

Conversas virtuais que nunca acontecem, nem têm a ver com a realidade.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Educação?...

Ontem tive uma reunião com a professora do meu filho mais novo, que anda no 4º ano, (para os da minha idade 4ª classe).
Estava preocupado com o desempenho dele e com a aproximação das “provas de aferição”, acho que é assim que se chama.
É uma professora jovem, dinâmica e de quem os miúdos gostam muito, embora seja muito exigente.
Duas coisas me saltaram à vista:
1 – Ela própria confessou que não consegue perceber muito bem o que anda a fazer, digamos assim.
Os programas mudam, os critérios mudam, as avaliações mudam, da noite para o dia e os professores sentem que não têm uma linha de rumo.
Ao que percebi a “famosa” avaliação aos professores passa por se saber quantos alunos dos professores estão em risco de “chumbar”, pelo que, logicamente não está nenhum nesse risco!!!

2 – Apesar de jovem e de outros professores serem jovens como ela, também pensam que uns “examezitos” de vez em quando, à maneira antiga, não faziam mal nenhum e sempre iam aferindo melhor se os estudantes estavam aptos a passarem de ano, ou apenas o fazem para estatística.

Sei que há umas tais de ciências da educação e que até há gente licenciada nessas coisas.
Eu francamente não percebo nada disso, mas que isto da educação está um caos e uma desgraça, lá isso sei e não preciso de nenhum curso para o constatar.
Parece que não tem importância nenhuma, mas a verdade é que estamos a hipotecar o futuro destes jovens, que serão forçosamente o futuro do país.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Bairrismos...


Segundo avança o semanário Expresso, na edição deste sábado, o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, juntou à mesma mesa magistrados do Norte e Sul para acabar com os «bairrismos», que segundo o Expresso admite existir.
Pinto Monteiro afirmou que no caso da «Noite Branca», «é falta de humildade que está nisto tudo. E o Porto teve uma reacção muito corporativa, mas penso que está em vias de solução».
Retirado do Portugal Diário
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Pois, é “bairrismo”, etc., etc., mas a verdade é que pela segunda vez consecutiva nomearam alguém de Lisboa para superintender a investigações que dizem respeito à Directoria da Polícia Judiciária do Porto!
Eu não sou do Porto, e simpatizo tanto com o Porto como com Lisboa, mas a verdade é que se fosse lá daquela directoria também não achava graça nenhuma!
Não há equipas especiais para a “Maddie”, para a corrupção da política, ou dos políticos, para tanta coisa importantíssima que por aí anda, (parece que só há violência no Porto), mas para o Porto há sempre uma “superprocuradora” de Lisboa para resolver a situação, que acaba por não resolver nada!
Ainda não vi nomearem alguém do Porto para vir resolver o problema a Lisboa!
Havia de ser bonito!
Depois não querem que haja “bairrismos”!
Se os do Porto são incompetentes só pode haver um caminho: demiti-los, porque não estão a cumprir as suas funções!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Os Voos da CIA

Segundo afirmam várias noticias em Portugal, Luis Amado, Ministro dos Negócios Estrangeiros Português, já avisou que, se se confirmar que os voos da CIA passaram por território nacional, haverá com certeza uma reacção forte do Governo Português.
Noticias do "Pasquim Times", de Washington, referem que George Bush mandou reunir de emergência todo o staff da Defesa e retirou-se da Casa Branca, para o bunker de sobrevivência da Presidência dos EUA.
As Forças Armadas dos Estados Unidos foram colocadas em alerta laranja, (por erro, pois devia ser cor de rosa, visto ser o PS que está no governo) e a população foi avisada do iminente ataque.
O Conselho de Segurança da ONU está reunido numa tentativa desesperada de resolver a crise.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Que raio de ideia...

Menina casa com cão
Menina de sete anos casou com cão
2008/02/19 12:33
É uma tradição tribal indiana para afastar o mau olhado
Uma menina indiana de sete anos casou esta terça-feira com um cão para cumprir uma tradição tribal. O casamento de Pushpa (a noiva) faz parte de um ritual para afastar o mau olhado.
Os anciãos da aldeia explicam que a menina tinha que casar porque tem os dentes podres, o que é considerado um mau presságio pela comunidade tribal.
Portugal Diário
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Mau, mau!!!
Nada de dar ideias aos "defensores das causas fracturantes" cá do "burgo"!!!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

"Justiças"...


Existem, a meu ver e sem qualquer intuito "científico-jurídico-filosófico", vários tipos de justiça, dos quais saliento, porque mais comuns, a “justiça das leis”, a “justiça dos media” e a “justiça da opinião pública”, esta última a maior parte das vezes sob influência da segunda.
Perante esta observação, que repito nada tem de “científico”, mas de constatação quotidiana, vem à minha mente algumas perguntas inquietantes.

Se fosse George Bush e não Bill Clinton a ser “apanhado” no quarto da fotocópias com uma tal Mónica “não sei quantas”, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?

Se o problema da licenciatura se passasse com Pedro Santana Lopes e não com José Sócrates, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?

Se fosse Carmona Rodrigues em vez de António Costa, a pedir um empréstimo de “não sei quantos” milhões de euros para sanear a Câmara de Lisboa, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?

Se fossem o “Zé dos anzóis” e o “Manuel das Couves”, em vez do Carlos Cruz e do Paulo Pedroso a estarem envolvidos no caso “Casa Pia”, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?

Se fosse o “Toino dos pregos”, filho do “Alberto dos pregos”, em vez do Filipe Jardim Gonçalves, filho do Jorge Jardim Gonçalves a dever uns milhões ao banco, como teria sido resolvido, como teria sido relatado, por quanto tempo e que efeitos teria na sociedade?

E por aí fora...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Ainda o TGV...


«Experimenta ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio. Comprado o bilhete, dás contigo num comboio que só se diferencia dos nossos Alfa por ser menos luxuoso e dotado de menos serviços de apoio aos passageiros.
A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.
O TGV é um transporte adaptado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.
É por razões de sensatez que não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos.
Tirar 20 ou 30 minutos ao Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País.
Para além de que, dado hoje ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar. »

Recebi um mail sobre o TGV, do qual retirei as partes acima referenciadas.
Para além do facto de eu não saber se a questão do financiamento da União Europeia é ou não substancial ou diminuto, tenho de concordar que, com a dimensão do nosso país, não me parece um investimento prioritário.
Penso que tem a ver com este mal que assola os governos da Nação de terem que fazer obras que deixem marca e de preferência com rótulos do tipo: “o maior vão de ponte da Europa”, “a maior doca seca de não sei quê”, “a pala mais comprida da arquitectura não sei de aonde”, etc., etc a ombrear com o maravilhoso titulo de “o mais pobre da Europa”.
Com efeito, quando se fecham urgências, maternidades, escolas, teatros, etc. e se aumentam impostos, taxas, “alcavalas” e permanentemente se manda colocar mais uns “furos no cinto”, não entendo que se vá gastar um balúrdio de dinheiro para reduzir 20 ou 30 minutos numa viagem de 2 horas.
Então os noruegueses, suecos, holandeses e por aí fora, (claro, povos subdesenvolvidos), não precisam de tal transporte, mas nós, portugueses ricos, não podemos gastar duas horas numa viagem de Lisboa ao Porto, porque os 20/30 minutos fazem-nos falta, provavelmente para mais uma reunião, um simpósio, um congresso, uma acção de formação e por aí fora.
Bem os franceses e os espanhóis querem vender a “coisa” e a gente lá vai comprar que é para não pensarem que somos uns tesos.
Será que temos gente para encher as auto-estradas, IC, variantes, TGVs, etc.?
Ou então sou eu que estou a ver mal a coisa!...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Ai, TIMOR...

Lá longe morre alguém
todos os dias…
Lá longe, mais longe
que o Sol,
e que a vista alcança…
Lá longe, mais longe
onde a memória
se chama esperança…
Lá longe,
mais longe onde a minha Pátria
se cobre de vergonha…
Lá longe, tão longe
morre um povo,
feito no erro dos homens…
Lá longe, tão longe
onde a brisa do vento,
sussurra o esquecimento…
Lá longe, tão longe
onde toda a vida,
pode ser um só momento…
Lá longe, tão longe
onde a palavra aprendida,
se chama saudade…
Lá longe, tão longe
onde a palavra a aprender
se reclama liberdade…
Lá longe
e no entanto tão perto,
onde a vida de dor
se chama Timor…

04.12.1991

Escrevi isto naquele tempo.
Ainda será actual?

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Qualquer semelhança...é pura coincidência...

Pergunto àqueles que passam
Noticias do meu partido
Mas eles calam a desgraça
Dizem nada ter ouvido.

Começo a pensar então
O que é feito dos ideais
Mas eles nada me dizem
Mas eles calam os ais.

Que é feito do meu PS
Que é feito da minha esquerda
Com tudo o que agora fazem
Apetece-me mandá-los à …

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Fim do "secretismo"...

«Para «acabar de vez com as suspeitas» sobre os políticos, António Galamba, deputado do PS, quer alterar a lei e impedir que possa existir secretismo nas declarações de rendimentos de titulares de cargos públicos.» Portugal Diário
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Sei que muita gente estará a favor desta medida, desta lei, mas eu estou contra!
Não sou politico e infelizmente não tenho em grande conta a maior parte dos politicos, mas estou contra!
Há um organismo, julgo que o Tribunal Constitucional, que tem como obrigação receber e fiscalizar as declarações de rendimentos e património dos politicos.
Pois que o faça, como é sua obrigação!
Mas aqueles politicos que depois de cumprirem essa obrigação, querem guardar segredo dos mesmos, estão, acho eu, no seu pleno direito.
Se houver suspeitas sobre algum e essas suspeitas tiverem razão de ser e se confirmarem, então sim, que se saiba tudo o que lá está, mas até aí cada um tem direito à sua privacidade.
Porque se assim não for estou a ver as intermináveis listas de declarações dos politicos nos jornais, alimentando a especulação, o populismo e desacreditando mais ainda a débil politica portuguesa.
Repito não sou politico, nem pretendo ser, mas tenho para mim, que essa seria uma razão para nunca o ser.
Não que tenha algo a esconder, mas porque não me parece, que cumprindo eu as obrigações que as diversas leis me exigem sobre os meus rendimentos e património, tenha de ser obrigado a expôr a minha vida particular a toda a gente.
A não ser que haja alguma explicação mais profunda para esta medida que se anuncia, e que me faça mudar de opinião, parece-me apenas mais um pouco de demagogia e populismo fácil.
Não será assim que a politica se credibiliza, mas sim, com um verdadeiro serviço à Nação, servindo os Portugueses.

Um Prémio merecido...



A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) anunciou hoje que vai atribuir a sua Medalha de Honra ao autor, compositor e intérprete Charles Aznavour, o que, no caso de um estrangeiro, acontece pela primeira vez na história da instituição.

Uma voz e interpretações inesquecíveis!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Diálogos "edificantes"...

Em voz alta e com expressão ligeiramente trocista:
- Ó Senhor Deputado, tenha calma, não se enerve, eu já vou responder às suas perguntas …
Resposta em voz mais alta e ligeiramente mais irritada:
- Quem está nervoso é V. Exa., Senhor Primeiro Ministro, que ainda não conseguiu responder às perguntas que lhe fizemos…
Agora já com o dedo em riste:
- Ó Senhor Deputado, francamente, os senhores estão enervados e depois com toda essa impaciência não conseguem perceber as respostas que vou dando. Mas sempre lhes vou dizendo, porque é que os senhores quando foram governo não fizeram essas reformas que agora tanto exigem?…
De pé e visivelmente irritado:
- Ó Senhor Primeiro Ministro, nós não estamos aqui para discutir os governos anteriores, estamos aqui para discutir a politica deste governo, que o povo já percebeu, não tem qualquer direcção, nem serve o país…
Com um ar sério, embora com um sorriso de desdém:
- V. Exas. até já querem dizer-nos o que é que o povo pensa, mas estão enganados! O povo percebe muito bem que estas dificuldades são necessárias para endireitar aquilo que os senhores, quando foram governo, não foram capazes de fazer…
Levantado e voltado para a Presidência:
- Senhor Presidente, peço a palavra usando o direito de resposta.
Presidente:
- O regimento não o permite. Só se for para defesa da honra.
- Senhor Presidente, peço a palavra para defesa da honra.
- Tem três minutos.
….
- Faça favor de terminar, Senhor Deputado…
- Já estou a terminar, Senhor Presidente…
….
Novamente para responder:
- Senhor Presidente, peço a palavra para defesa da honra.
Presidente:
- Senhor Deputado, o regimento neste caso não permite a figura de “defesa da honra”, só se for para uma interpelação…
- Senhor Presidente, peço a palavra para uma interpelação…
- Faça favor Senhor Deputado…
….

Claro, isto é inventado, nunca acontece!….

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A Estratégia...

Chegou apressado e muito preocupado.
O sempre eficiente secretário disparou:
- Boa tarde, Senhor Doutor, fez boa viagem de Gaia para cá?
Quase nem lhe respondeu:
- Sim, sim, mas não é isso que interessa. Já cá está o presidente do grupo parlamentar?
Que sim, que estava, respondeu o outro, vai para meia hora à espera dele.
- É o trânsito, é o trânsito, respondeu o presidente, acrescentando:
- Cá para mim isto está tudo mal. O chefe da oposição também devia ter batedores para se deslocar no país. Isto assim não é nada democrático, até parece os comentadores da televisão, que só os há para dizerem mal de mim.
Entrou no gabinete, deu um abraço ao presidente do grupo parlamentar e sentando-se foi dizendo:
- Isto está muito mal, pá. Já viste as noticias do jornal acerca do primeiro e mesmo assim o pessoal continua a votar no gajo. Não cai nas sondagens! Já não sei o que hei-de fazer.
O outro, olhando-o nos olhos, diz-lhe cheio de calma:
- Tem paciência pá, isto leva o seu tempo. É preciso não desistir e continuar a atacar. Mais tarde ou mais cedo a gente vai acertar.
- Vai-te lixar, pá! Não temos tempo nenhum. Ou é agora, ou o gajo lá mais para o meio do ano vem dizer que já está tudo porreiro, e que pode descer os impostos e então é que nada feito. E para já digo-te, vens-me com essa da paciência, mas eu tenho visto na assembleia que o gajo faz de ti “gato sapato”.
O outro chateado, retorquiu-lhe:
- É pá, isso não é justo! Tens que ver que tenho feito o meu melhor, mas o gajo é um parlapatão e eu ainda não recuperei das facadas que me deram nas costas.
- Tens razão, diz-lhe o presidente, desculpa lá. Mas temos que fazer qualquer coisa e depressa senão estamos fritos.
Ficaram um pouco em silêncio, meditando em soluções para dar a volta à coisa que estava a ficar muito preta para os seus lados.
De repente o presidente do grupo parlamentar, (tanto presidente, caraças!), levanta-se e diz num só fôlego:
- Já sei, já tenho a solução!
- Desembucha, pá, desembucha, diz o presidente.
- Eh pá, é fácil! Se não vai a mal, vai a bem!
- O quê? Enlouqueceste de vez, pá?
Pergunta o outro.
- Não, não senhor!
Ora tu vê lá: se quando dizemos mal do gajo, parece que ele ainda ganha mais forças, mais adeptos, vamos fazer uma campanha só a dizer bem, só a dizer que o gajo é o mais inteligente, o melhor, o mais honesto. Que não acreditamos em nada do que dizem dele, etc., etc.
O pessoal vai ficar desconfiado, e vai pensar que o gajo é um malandro e que nós o estamos a defender por causa do país.
É certinho que deixam de votar nele!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Gostam muito de falar...

Esta gente gosta mesmo de falar!
O que é que raio o Director da PJ veio acrescentar com aquilo que disse sobre o caso Maddie?
Limitou-se a pôr em causa a Policia que ele próprio dirige, o Magistério Público, a credibilidade da justiça em Portugal e por aí fora.
E porquê?
Porque ele acha que talvez, reparem talvez, tenha havido precipitação em ter constituido arguidos os pais de Maddie!
Isto é que são certezas!
Aliás não foi este mesmo senhor que tirou do processo um detective/agente, não sei bem o titulo, que dirigia a equipa de investigação, por causa de numa entrevista ter falado demais?...

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Exclusividade!!!!!!

«As declarações de Paulo Otero surgem na sequência de um parecer jurídico que realizou por iniciativa própria e que enviou para o gabinete do primeiro-ministro, na sequência de uma notícia difundida hoje pelo jornal Público que refere que José Sócrates acumulou actividades profissionais no sector privado, entre finais de 1988 e princípios de 1992, com as funções de deputado, que exercia em regime de exclusividade.
No parecer de Paulo Otero, a que a agência Lusa teve acesso, o professor de Direito refere que nos termos da «legislação ordinária então vigente (...) não existia qualquer incompatibilidade entre o exercício das funções de deputado e a sua acumulação com as funções de engenheiro técnico projectista e responsável pelo alvará de uma empresa de construção civil».
Acrescenta o professor que o Estatuto Remuneratório dos Titulares de Cargos Políticos vigente na altura era a Lei nº 5/85 de 09 de Abril, a qual não define o que seja o exercício de deputado em regime de exclusividade, pelo que este se torna um conceito «vazio de operatividade jurídica».
«Não é possível, à luz do ordenamento vigente à data, dizer que a acumulação do exercício de funções privadas por um deputado em regime de exclusividade era uma conduta ilícita», uma vez que «não existia lei que proibisse essa conduta», acrescenta o parecer de Paulo Otero.» Retirado do Portugal Diário.
.
Fantástico, não é!
Exclusividade, não significa exclusividade!
Exclusividade, significa que afinal não se executa um trabalho apenas para outrém, mas sim que exclusividade significa que se pode executar trabalho para vários "outréns".
Confuso?
Não!
O Direito português, pelo parecer do Senhor Professor, explica isto com uma simplicidade tremenda e de modo a que todos percebam.
Ou será que alguém não percebeu?!
Seria a isto a que o Presidente da República se referia quando dizia que as decisões da justiça deveriam ser inteligíveis pelos portugueses!
Mais inteligível que isto, não sei o que possa ser!!!
Isto para não falar no campo ético, de quem é politico e exerce a exclusividade de um trabalho ... com vários!
Mas isto tem explicação!!!
Querem ver?
A exclusividade significa que não se pode exercer trabalho para diferentes organismos, ou pessoas, ao mesmo tempo!
Ora como ninguém consegue estar em dois lugares ao mesmo tempo, e fazer diferentes trabalhos ao mesmo tempo, está garantida a exclusividade!!!
Ou seja: faz-se um trabalho agora exclusivamente para este, e passada uma hora, ou mais, faz-se um trabalho exclusivamente para aquele!!!!
Ora se fossem todos à....!

sábado, 2 de fevereiro de 2008

"Definições" dos Partidos...

PS

Partido do Sócrates

PPD-PSD

Pensamentos Parcos e Difusos para um Partido Sem Definição

CDS-PP

Companheiros Dedicados e Servis de Paulo Portas

PCP

Pertencemos a Cunhal Perpetuamente

BE

Tudo ao Bloco (molho), e fé em...Louçã.

TGV


Parece que o principal problema em definirem o trajecto do TGV ... é a dificuldade em conseguirem arranjar espaço no meio das auto-estradas para o dito cujo passar!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Olha para o que lhes havia de dar...


Cientistas criam cebola que não faz chorar
Cientistas da Nova Zelândia e do Japão criaram uma cebola que «não faz chorar», ao desligarem o gene responsável pela enzima que produz a reacção, noticia hoje a imprensa britânica.


Lido no Sol.


Será isto o fim das lágrimas de crocodilo?