sábado, 31 de maio de 2008

Bom fim de semana

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O QUE É FEITO DE TI


O que é feito de ti
Que há tanto tempo te não via.
Por onde andaste
Que faz tempo não te sentia.
Foi por longe
Ou foi por perto,
Que quando te deixaste
Para atravessar o deserto,
Perdeste a alegria?
Mas voltaste,
Finalmente!
Que saudades tinha de ti
Desse teu ar libertado
Rindo para toda a gente,
Dessa vontade de viver
Que te empurra para a frente,
E esse coração fechado
Que abriste emocionado
Para viver o presente.
Já brilha o teu olhar,
Já te apetece cantar,
És um homem renovado
Que nada fará parar…

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91.10.21

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Mas não há quem cale esta gente!!!

Filipe I de Portugal e II de Espanha
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Hoje de manhã, antes de sair de casa e quando tomava o pequeno-almoço, ouvi na televisão um sujeito chamado Carlos Queiroz dissertar sobre um assunto de alta relevância nacional: a possivel transferência de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid.
O homem afirmava que nem pensar, que o Manchester não o "vendia", (curiosamente estamos a falar de pessoas), mas até aqui tudo bem.
Só que logo a seguir vem com a teoria de que o assunto foi lançado nos média apenas para desestabilizar o dito Ronaldo e assim, abrir caminho à Seleção Espanhola.
Espantoso, não acham?!
A Selecção Nacional é só Ronaldo e para além do mais as outras Selecções podem ir para casa porque, pelos vistos, a coisa se decide entre Portugueses e Espanhóis!
Mas o homem foi mais longe na sua inteligente apreciação!
Calculem que a propósito deste momentoso e crucial assunto, foi buscar a história "avisando" os Espanhóis que já uma vez tinhamos dado cabo dos Filipes, (e fizémos muito bem, embora alguns achem que não), e por isso fariamos agora a mesma coisa!!!
Ainda bem que os Ingleses não vão ao Europeu 2008, senão levávamos com o Mapa Cor de Rosa!!!
Mas não há quem cale esta gente!!!

sábado, 24 de maio de 2008

Bom fim de semana!

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SEM TÍTULO

Mas eu não pedi nada a ninguém,
Nem a vida, nem o estar aqui,
Nem esta dor que me alcança todos os dias,
Desta vida sem sentido.
Não pedi esta ânsia
Que não me deixa dormir
O sono dos satisfeitos.
Não pedi esta paixão
Por uma vida a querer morrer.
Não pedi ao menos sequer
Esta estranha maneira de ser.
Não pedi este desespero
De viver, sem ter vivido.
Mas deram-me tudo
Sem nada ter pedido.
Obrigaram-me a viver
A suportar-me
E até a gostar de mim.
Fizeram-me sentir
O que nunca devia ter sentido.
Fizeram-me olhar e gostar
De quem nunca devia ter gostado.
Fizeram-me acreditar
Que um dia alcançaria
Aquilo que é impossível.
Fizeram-me viver cada dia
Na esperança de ser amanhã.
Esgotaram-me a esperança,
A vida, o amor,
Abriram-me o peito dorido
E nele plantaram a flor
Do horror do dia a dia.
Deram-me até às vezes,
E só para me enganar,
Momentos de alegria.
Estou morto e ninguém sabe!
Pensam que ainda falo,
Mas já não sou eu a falar.
Pensam que ainda olho,
Mas já não sou eu a olhar.
Pensam que ainda rio,
Mas não me apetece já rir.
Pensam que ainda choro,
Mas já não posso chorar.
Querem-me aqui e agora,
Agarram-me, prendem-me,
Suplicam-me o meu martírio
Mas eu já me fui embora…

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92.01.21

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Gaita, é demais!!!

ASAE obriga instituições a deitar comida fora
Não podem aceitar doações de alimentos e comida congelada em arcas normais é deitada fora



A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está a aplicar às instituições de solidariedade as mesmas regras que são exigidas a um restaurante. Segundo uma notícia avançada este sábado pelo jornal Público, a agência proíbe as instituições de aceitar alimentos dados pelas populações e deita fora toda a comida congelada em arcas normais.
Segundo o jornal, no final de 2007, a ASAE encerrou temporariamente uma cantina de um centro de acolhimento temporário de crianças e jovens, no Seixal e toda a comida que estava congelada numa arca normal foi levada para o canil. «Não podemos aproveitar nada das dádivas se não tivermos o túnel de congelação», diz Nídia Abreu, presidente da instituição, lembrando que o centro luta com dificuldades e não pode desperdiçar alimentos.
Em Janeiro deste ano, a ASAE obrigou um lar de idosos na Póvoa da Atalaia deitar fora o que estava congelado: massa de marmelo dado pela população para mais tarde fazer marmelada, e frangos que tinham sido comprados. O lar foi proibido de congelar qualquer alimento e de aceitar ofertas da população local.
in Portugal Diário

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Distraído com um fim de semana muito cheio de muitas coisas, só hoje deparo com esta noticia.
Mas será que este país enlouqueceu de vez?!
As pessoas podem morrer de fome, mas a lei foi cumprida!!!
A lei dever ser cega, mas não deve ser estúpida!
Está tudo doido?
Que “socialismo” é o destes gajos, que não têm outro nome, desculpem, que estão no governo?
Mas ninguém controla este sujeito que superintende à ASAE?
Este país indigna-se com os aumentos das portagens na ponte sobre o Tejo, e não se revolta quando uns sujeitos travestidos de uma autoridade qualquer, deitam fora alimentos oferecidos por portugueses a portugueses necessitados?
O que é preciso para acordar esta nação da letargia?
Apetece-me dizer uma data de palavrões, apetece-me pegar numa espingarda, apetece-me nem sei bem o quê…
Gaita é demais!
Temos de acordar, de sair para a rua, antes que entrem em nossas casas e vão às nossas cozinhas, aos nossos frigoríficos, antes que nos digam como devemos ajudar os outros e certificarem as nossas “esmolas”!!!
Gaita é demais!!!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Bom fim de semana!


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SEM TÍTULO

Em que luz me banhei
Que tanto brilho deu
Aos meus olhos.
Em que ar puro voei
Que abriu tanto
O meu sorriso.
Em que água me lavei
Que cresceu tanto
O meu abraço.
Em que rio mergulhei
Que soa mais limpo
O meu riso.
Porque é agora tão fácil
Definir a letra
O traço.
Porque é agora tão simples
Caminhar calmo e em paz
Tão prenhe de liberdade
E de um tanto se me faz.
Porque regressou a vontade
De andar sempre em frente
Sem nunca olhar para trás
Sem nunca olhar para a gente
Que vive a gritar saudade
Cheia de amargura e tristeza
Sem nunca ter sentido
Que a saudade é um momento
Que merece ser vivido
Na mais pura das alegrias
Como quem voa c’o vento
Nas asas só da verdade
Por entre jardins de flores
Que renascem todos os dias.
Porque regressou o sorriso
Que faz brilhar o olhar
Que cura todas as dores
E que é um nunca acabar de rir
Sem poder conter o riso.
Onde estão as luzes e vozes
Que vinham não sei de onde
Para me incomodar o sono
E encher os pesadelos.
Que é feito desse fantasma
Que só a mim aparecia
Envolto sempre em novelos
De nuvens cinza douradas
Correndo num céu de chumbo
Uma corrida sem fim.
Onde está essa prisão
De barras grossas e frias
De sonhos nunca acabados
De desejos aprisionados
Em forma de coração.
Eu digo-te se não contares
A ninguém ou coisa nenhuma.
Esqueci-os nos meus cantares
Peguei em todos à uma
E fazendo no céu um furo
Apaguei-lhes os esgares
E rindo de satisfação
Enterrei-os no futuro.

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91.11.06

quinta-feira, 15 de maio de 2008

A noticia que teria interesse...

Sócrates pede desculpa e deixa de fumar
O primeiro-ministro, José Sócrates, assumiu esta quarta-feira que fumou no voo entre Lisboa e Caracas, lamentou a polémica que entretanto se instalou em Portugal e pediu desculpa caso se verifique que violou a lei, escreve a agência Lusa.
in Portugal Diário
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Esta noticia teria interesse se o título fosse:
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Sócrates pede desculpa e deixa de governar!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Desculpem, mas há coisas que me dão nojo!


Segundo leio nas noticias o senhor Primeiro cá do burgo vai de visita a um tal senhor Chavez, que é o Primeiro da Venezuela.
Este tal senhor Chavez é um individuo cujo passatempo favorito é insultar todos os que não concordam com ele, muito especialmente aqueles que se lhe podem opor.
Segundo todas as informações disponíveis este senhor apoia, financia e arma as FARC, que são uns bandidos, (chamemos as coisas pelos seus nomes), mascarados de guerrilheiros revolucionários que se dedicam a raptar pessoas inocentes que nada têm a ver com as suas lutas.
O que diria o nosso Primeiro se o senhor Sarkosy, decidisse apoiar, financiar e armar a ETA, organização que combate, (matando inocentes), o governo legítimo do seu amigo Zapatero?
Ou se o Primeiro da Irlanda, (que eu não sei quem é), decidisse fazer a mesma coisa com o IRA, e por aí fora, pois os exemplos são muitos?
Pois é, mas esses não têm petróleo, e quando há petróleo, toda a ideologia, a prática democrática, a indignação, ficam para trás, ficam esquecidas em nome do ouro negro!
E o nosso Primeiro não está sozinho nestas amizades, pois o senhor Soares, (que não aceita lições de democracia), também “grama do” senhor Chavez!
Fico assim mais esclarecido:
Tudo se pode vender, trocar pelo ouro negro, desde a dignidade, aos princípios, passando pela vida dos inocentes, que sem culpa nenhuma apodrecem nas matas da América do Sul.
E depois, passados uns dias, é vê-lo na Assembleia da República, exaltadamente fazer profissão de fé na democracia, na justiça, nos direitos humanos, na preocupação com os mais desfavorecidos!
Desculpem, mas há coisas que me dão nojo!

sábado, 10 de maio de 2008

Bom fim de semana!

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FAZ-ME FALTA...


Faz-me falta o teu olhar,
Faz-me falta esse teu riso,
Faz-me falta esse teu jeito
De passear a alegria
No meio de todos nós.
Ai, tantas saudades
Que me magoam o peito.
Ninguém me foi tão preciso
Como tu neste momento.
Se ao menos a tua voz
Acalmasse esta lonjura
Podia em pensamento
Sonhar que te dava a mão
Apertando-a com ternura
Até sentir-me a teu lado.
Falta ainda tanto tempo!
Calcula, um dia e meio
Para te tornar a ver!
Vou esperar quieto e sentado
Guardando o meu sorriso
E todo este meu querer,
Para que quando tu chegares
E a ti estiver abraçado,
Baixinho poder dizer:
Faz-me falta esse teu riso…


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92.06.11

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Há coisas que me irritam!

Homossexualidade é "errada" para 70% dos portugueses
Estudo do Instituto de Ciências Sociais da UNL


A homossexualidade continua a ser mal vista aos olhos da maioria dos portugueses, segundo um estudo hoje publicado no jornal "Público". Cerca de 70% da população nacional considera "erradas" as relações sexuais entre dois adultos do mesmo sexo.
"Portugal ainda é um país homofóbico", disse, ao Público, a socióloga Sofia Aboim, uma das autoras do estudo sobre a opinião que os portugueses têm sobre as relações entre pessoas do mesmo sexo.
O inquérito foi feito a 3643 indivíduos entre os 16 e os 65 anos sobre a saúde e a sexualidade.
Mesmo nas camadas mais jovens, o nível de desaprovação é muito alto, - cerca de 50% -, de acordo com os dados do trabalho feito por investigadores do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa.
"Estava à espera de algum conservadorismo, mas esperava valores mais baixos nas gerações mais novas", acrescenta a socióloga.
Os homens condenam mais os gays do que as lésbicas: 60% dos inquiridos do sexo masculino condenam a homossexualidade masculina, mas na feminina a taxa de desaprovação desce para menos de 55%.
Na opinião das mulheres, há mais igualdade na avaliação, com cerca de 40% de desaprovação tanto para gays masculinos como gays femininos.
O inquérito foi feito a 3643 indivíduos entre os 16 e os 65 anos sobre a saúde e a sexualidade.


Retirado da SIC

O tema é terrível e “politicamente incorrecto” mas não será isso que me impede de o comentar.
Esclareço em primeiro lugar que não me considero “homofóbico”, na medida em que aceito as diferenças de cada um, de cada uma, viverem a sua vida sexual como entenderem.
Coisa diferente é considerar que a homossexualidade é um comportamento “normal” entre homens e mulheres e quererem que eu aprove esses comportamentos.
Dito isto, que sei é polémico e que existem não sei quantas razões para dizer que eu estou errado e mais não sei quantas razões a dizer que eu estou certo, quero apenas comentar a frase da senhora socióloga.
"Portugal ainda é um país homofóbico", disse, ao Público, a socióloga Sofia Aboim.
Isto faz-me logo lembrar a história do “juramento de bandeira” em que a mãe dizia para o pai: “Repara que o nosso filho é o único que leva o passo certo”.
O estudo não estava de acordo com o que a senhora socióloga desejava e acreditava e vai daí, catrapumba: “Portugal ainda é um país homofóbico”.
Mas porquê?
Porque persegue os homossexuais, ou porque considera errada a homossexualidade?
Mas quem disse à senhora doutora que os portugueses não aceitam os homossexuais?
O que pelos vistos disseram foi que: “Cerca de 70% da população nacional considera "erradas" as relações sexuais entre dois adultos do mesmo sexo.”
E assim esta mente iluminada permite-se dizer que os portugueses estão errados na sua maneira de ver a vida, embora sejam tolerantes com aqueles que a não vêem e vivem da mesma maneira.
Isto irrita-me!
Irrita-me esta mania de catalogar as pessoas, uma nação, porque não diz aquilo que é “politicamente correcto”.
É como quererem, como ainda recentemente, que os jovens vivam a “luta anitifascista”, etc. etc.
Que raio, eles já nasceram na democracia, o que é que lhes interessa viver uma coisa que é história do país, como para mim naquele tempo foi história a monarquia, etc. etc.
Tenho para mim, que apesar de tudo, ainda somos um povo que pode dar exemplos ao mundo de tolerância, de comportamento social, de valores e que não são meia dúzia de ideias preconcebidas de uns tantos iluminados, que nos tornam piores, ou que nos rotulam disto ou daquilo, pois os portugueses sempre souberam ao longo da sua história evoluírem nas suas relações e no entendimento da sociedade.

sábado, 3 de maio de 2008

Bom fim de semana!

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ERA DE NOITE E CHOVIA

Era de noite e chovia,
O tempo parecia parado.
O ponteiro dos segundos,
Porque o tempo não avançava,
Nem sequer se mexia.
O que era isto,
Que agora sucedia,
Que coisa estranha era esta
“O que raio se passava”.
Ele não tinha morrido,
Disso tinha a certeza,
Porque sentia o seu corpo,
Porque o seu cérebro sonhava.
O que tinha acontecido,
Para que tão estranho momento,
Tivesse agora lugar.
O mundo parecia oco,
Sentia-se um grande vazio,
Parecia que já nada estava
No seu devido lugar.
Não se ouviam vozes algumas,
Nem risos ou gargalhadas,
Nem sequer lamentos, ou ais.
Ora isto queria dizer
Que pela primeira vez
A humanidade silenciava
O que mais profundo sentia.
Seria porque não queria,
Ou porque algo impedia
A vida de se fazer ouvir.
Uma frase relembrada
Vinha ao seu pensamento,
Mas fora do contexto
Em que fora proclamada:
«Tudo está consumado».
Que queria isto dizer,
Num mundo em evolução,
Que não parava um momento
Para escutar a voz do vento.
«Tudo está consumado».
Sentiu que um frio intenso
Tomava conta de si.
Reparou no mesmo instante,
Que esse frio tão estranho
Tomava conta de tudo.
Abriu-se-lhe o entendimento
Percebeu tudo então.
O homem na sua arrogância
Cheio de si, de importância,
Pensando que tudo ganhava
Tinha accionado o botão.
Era de noite e chovia,
Mas mesmo que não chovesse,
O sol raiasse,
E fosse dia,
Já nada agora importava:
O mundo já não existia.

09.02.06