Descansem que não vou escrever sobre o mesmo, ou seja, se o homem é capaz ou não de levar por diante o fardo da Presidência dos EUA, ou que estamos todos muito felizes e contentes por ele ter sido eleito e por aí fora.
Não, não vou escrever sobre isso, mas sobre três coisas que toda a gente constatou, mas talvez não tenham interiorizado verdadeiramente.
A primeira foi o discurso de vitória de Barack Obama, um discurso a todos os títulos notável.
Sim pode-se dizer que teve uma carga emocional muito grande, que foi um rendilhado de palavras bonitas mas que espremidas não dão em nada.
Pode-se dizer até que teve aqui e ali uns laivos sonhadores, mas a verdade é que é muito bom ouvir da boca de alguém que vai presidir aos EUA, um discurso tão humano, tão solidário, tão recheado de esperança.
Porque, deixem-me colocar o dito popular ao contrário, «enquanto houver esperança há vida»!
A segunda foi o discurso de derrota de John Mcain, outro discurso notável e de uma grande dignidade.
Não arranjou desculpas, não descobriu conflitos nem diferenças, antes preferiu, com um grau de sinceridade que me pareceu genuíno, elogiar o seu oponente, transmitindo uma imagem de que o tinha deixado de ser, para passar a ser o seu Presidente como se fosse escolha sua.
Sei que muitos fazem este tipo de discurso na hora da derrota, mas John Mcain pareceu-me, repito-o, verdadeiro nas palavras que proferiu.
A terceira é a constatação de facto, do “american dream”.
Para os detractores dos EUA, (também não sou um fã incondicional), esta eleição constituiu, quer queiram quer não, a prova de que nos EUA as oportunidades estão abertas a todos e que a sua democracia, embora por vezes muito complicada e cheia de coisas de “arrepiar os cabelos”, funciona e é real.
Vimos republicanos notáveis a apoiarem Obama, sem dramas nem teatros.
Vimos “afro-americanos”, (tem de dizer-se assim agora), a apoiarem também Mcain sem problemas.
Vimos enfim, que a coisa funciona e as pessoas se sentem livres de fazer as suas escolhas, atendidas, claro está, as pressões vindas de todos os lados, sobretudo dos media.
Já tínhamos visto um presidente do mais poderoso país do mundo demitir-se porque tinha cometido um erro imperdoável naquela democracia e vemos agora um “afro-americano” ser eleito presidente desse mesmo país.
Apetece-me dizer também:
«God save América»!
Não, não vou escrever sobre isso, mas sobre três coisas que toda a gente constatou, mas talvez não tenham interiorizado verdadeiramente.
A primeira foi o discurso de vitória de Barack Obama, um discurso a todos os títulos notável.
Sim pode-se dizer que teve uma carga emocional muito grande, que foi um rendilhado de palavras bonitas mas que espremidas não dão em nada.
Pode-se dizer até que teve aqui e ali uns laivos sonhadores, mas a verdade é que é muito bom ouvir da boca de alguém que vai presidir aos EUA, um discurso tão humano, tão solidário, tão recheado de esperança.
Porque, deixem-me colocar o dito popular ao contrário, «enquanto houver esperança há vida»!
A segunda foi o discurso de derrota de John Mcain, outro discurso notável e de uma grande dignidade.
Não arranjou desculpas, não descobriu conflitos nem diferenças, antes preferiu, com um grau de sinceridade que me pareceu genuíno, elogiar o seu oponente, transmitindo uma imagem de que o tinha deixado de ser, para passar a ser o seu Presidente como se fosse escolha sua.
Sei que muitos fazem este tipo de discurso na hora da derrota, mas John Mcain pareceu-me, repito-o, verdadeiro nas palavras que proferiu.
A terceira é a constatação de facto, do “american dream”.
Para os detractores dos EUA, (também não sou um fã incondicional), esta eleição constituiu, quer queiram quer não, a prova de que nos EUA as oportunidades estão abertas a todos e que a sua democracia, embora por vezes muito complicada e cheia de coisas de “arrepiar os cabelos”, funciona e é real.
Vimos republicanos notáveis a apoiarem Obama, sem dramas nem teatros.
Vimos “afro-americanos”, (tem de dizer-se assim agora), a apoiarem também Mcain sem problemas.
Vimos enfim, que a coisa funciona e as pessoas se sentem livres de fazer as suas escolhas, atendidas, claro está, as pressões vindas de todos os lados, sobretudo dos media.
Já tínhamos visto um presidente do mais poderoso país do mundo demitir-se porque tinha cometido um erro imperdoável naquela democracia e vemos agora um “afro-americano” ser eleito presidente desse mesmo país.
Apetece-me dizer também:
«God save América»!
8 comentários:
O discuros de Obama na noite da consagração vem na linha dos anteriores; o homem tem carisma e dotes oratórios abundantes.
Seria um excelente pregador e será certamente um presidente ... à americana!
Quero com isto dizer que andam para aí todos a festejar como se ele também fosse presidente dos outros países, e brevemente irão descobrir que ele velará primeiro pelos EUA.
Quanto a John McCain, cujos dotes oratórios não chegam para Obama, foi notável no discurso da concessão.
Terá sido até o vencedor da noite, se assim se pode dizer, nesse domínio.
Quanto aos States, aquilo com todos os seus defeitos (e são muitos) é incomparavelmente mais justo e equitativo que nós em muitos domínios.
É um país fascinante, mesmo nos contrastes.
o que vamos ver é a capacidade que ele terá depois de Bush, diga-se que será bastante difícil.
Bom registo. Não é frequente encontrar-se quem consiga ver os dois lados.
Por mim espero o fim de Guantánamo, que não me parece muito difícil de conseguir...
Sim Ferreira Pinto, desiludam-se os que pensam que Obama vai estar voltado para o mundo.
Só o estará na medida em que sirva os interesses dos EUA.
Abraço
Pois é Tiago, mas olha que fazer pior é difícil...
Abraço
antonio - o implume
Obrigado pela visita e pelas palavras.
E já agora com o fim de Guantanamo, também o fim da ditadura cubana e a libertação dos presos de opinião em Cuba.
Abraço
Nós portugueses não temos nenhum político em quem acreditar.
Obama é pois o nosso D. Sebastião. Nada nos trás, nada nos pode trazer.
McCain é um político que não se revê no actual Partido Republicano.
Caro Peter
Infelizmente o panorama é mesmo esse!
Não se vê um politico minimamente credível em Portugal, por isso os espertalhaços tipo Sócrates, têm o caminho aberto.
Abraço
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