Sentado à secretária, com a cabeça entre as mãos, o Primeiro desabafava com o seu amigo ministro, aquele que é “porta voz”, ou seja, fala, fala ... e não faz nada.
- Isto é que é uma gaita, dizia ele, correu-me tão bem aquela coisa da presidência da CEE e agora estes “amigos da onça” baldam-se e vão-se embora.
O pior é que andaram por aqui, um a dizer que fazia reformas, que tinha tudo controlado, patati, patata, e foi o que se viu!
A outra não fez nenhum e ainda se fartou de chatear estes gajos da cultura, que são uns chatos da pior espécie e se fartam de falar, mas também não fazem nada.
“Ca” grande gaita, disse ele muito chateado!
O ministro, atento, venerador e obrigado, dizia-lhe suavemente:
- “Nã” te preocupes pá. O que "nã" falta são gajos e gajas para virem para o Governo!
Retorquiu-lhe o primeiro:
- Tás doido ou quê? Tu sabes lá a quantidade de gente a quem eu convidei e me deram tanta desculpa, que tu nem sabes. Olha vê lá quem eu arranjei e já podes estar a ver!
De repente a cara do ministro iluminou-se!
Tinha tido uma ideia!
Voltou-se para o Primeiro e disse com ar ufano:
- Ó pá, qual é o problema? Tomas tu conta das pastas dos gajos que se querem ir embora e assim já fazes as coisas ao teu jeito.
Aliás já houve um gajo qualquer que fez isso há uns anos atrás! Nã me lembro bem quem foi, mas sei que houve!
O Primeiro olhou para ele, entre o incrédulo e o irritado, e diz-lhe a gritar, naquele seu jeito de Assembleia da República:
- Até tu, meu camelo, me queres enterrar a pasta! O gajo que fez isso, que acumulou as pastas, era o Salazar, pá!
- Isto é que é uma gaita, dizia ele, correu-me tão bem aquela coisa da presidência da CEE e agora estes “amigos da onça” baldam-se e vão-se embora.
O pior é que andaram por aqui, um a dizer que fazia reformas, que tinha tudo controlado, patati, patata, e foi o que se viu!
A outra não fez nenhum e ainda se fartou de chatear estes gajos da cultura, que são uns chatos da pior espécie e se fartam de falar, mas também não fazem nada.
“Ca” grande gaita, disse ele muito chateado!
O ministro, atento, venerador e obrigado, dizia-lhe suavemente:
- “Nã” te preocupes pá. O que "nã" falta são gajos e gajas para virem para o Governo!
Retorquiu-lhe o primeiro:
- Tás doido ou quê? Tu sabes lá a quantidade de gente a quem eu convidei e me deram tanta desculpa, que tu nem sabes. Olha vê lá quem eu arranjei e já podes estar a ver!
De repente a cara do ministro iluminou-se!
Tinha tido uma ideia!
Voltou-se para o Primeiro e disse com ar ufano:
- Ó pá, qual é o problema? Tomas tu conta das pastas dos gajos que se querem ir embora e assim já fazes as coisas ao teu jeito.
Aliás já houve um gajo qualquer que fez isso há uns anos atrás! Nã me lembro bem quem foi, mas sei que houve!
O Primeiro olhou para ele, entre o incrédulo e o irritado, e diz-lhe a gritar, naquele seu jeito de Assembleia da República:
- Até tu, meu camelo, me queres enterrar a pasta! O gajo que fez isso, que acumulou as pastas, era o Salazar, pá!
3 comentários:
... estou a gostar de o ler. mas forçar a comparação de Sócrates a Salazar é, penso eu, excessiva. Apesar que o tom de voz ...
Não era essa a intenção...
Embora, se calhar às vezes, desponte por ali uma vontade de mandar sem que ninguém o "chateasse"...
De facto eles os ministros andam lá para fazer o que lhes mandam, quem decide tudo é o chefe...
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